Pela segunda semana seguida, o Indicador
Composto não registra nenhum município no Escore 5, o mais alto na escala de
monitoramento da doença. O boletim mais recente, de 21 de junho, mostra que
apenas 14,4% dos municípios estavam na faixa de alto ou risco extremo, enquanto
quase 40% se situavam nos escores 1 e 2, de risco baixo ou moderado.
É o melhor resultado desde março, conforme
dados epidemiológicos processados pelo Comitê de Especialistas coordenado pelo
professor Kenio Lima, da UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
O Indicador Composto apresenta um panorama
da dimensão da epidemia provocada pela covid-19. O indicador leva em conta
variáveis como taxa de internação de pacientes diagnosticados com covid-19,
incidência da doença na população economicamente ativa potencial, casos ativos,
incidência de covid em idosos e capacidade de testagem.
Número de óbitos em junho deve ser o menor
desde março
Um outro dado que indica recuo da pandemia
é o número mensal de óbitos. Junho deverá ser o mês com menos mortes desde
fevereiro de 2021. “Olhando os indicadores, estamos numa situação bem melhor
hoje, mas é bom lembrar que algumas variantes precisam de um tempo maior para
consolidar a mudança, definir tendência”, pondera o professor Kênio.
Isso explica porque metade dos municípios
da 8ª Regional de Saúde (Vale do Açu) permanece na faixa alta de risco, apesar
das medidas restritivas decretadas pelos prefeitos no final de maio e início de
junho. Na região, os casos ativos da doença, as internações de pacientes em
leitos críticos e a baixa testagem indicam a necessidade de ações mais efetivas
de combate ao coronavírus. “Essa doença é muita dinâmica, piora muito rápido.
Não podemos baixar a guarda”, reforça o professor.
Blog do BG
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