O Ministério
Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrou nesta quinta-feira (27) a
operação Raposa. O objetivo é apurar um suposto esquema de desvios de recursos
públicos na Câmara Municipal de Caiçara do Norte. Um vereador e o controlador
da Câmara foram presos temporariamente e afastados dos respectivos cargos por
força de decisão judicial. A Casa Legislativa foi alvo de mandado de busca e
apreensão.
O vereador
Janailton Francisco Ferreira e o controlador da Câmara Municipal, Clenilson da
Silva Costa, são apontados como chefes de um suposto esquema que usa conta de
“laranjas” para possível recebimento de recursos públicos desviados dos cofres
do Poder Legislativo Municipal, conduta que sinaliza para a ocorrência de
ocultação e lavagem de ativos. Além disso, os dois também são investigados, até
o momento, pelos crimes de peculato, falsificação de documento público e por
associação criminosa.
A operação
Raposa contou com o apoio da Polícia Militar. Foram cumpridos dois mandados de
prisão temporária e cinco mandados de busca e apreensão, todos em Caiçara do
Norte. Após serem presos, o vereador Janailton Francisco Ferreira e o controlador
da Câmara Municipal, Clenilson da Silva Costa, foram informados que estão
afastados dos seus cargos. A Câmara Municipal foi um dos alvos dos mandados de
busca e apreensão.
Ao todo, 6
promotores de Justiça, 18 servidores do MPRN e 24 policiais militares
participaram da ação nesta quinta-feira. No pedido para prisão de Janailton
Ferreira, o MPRN destacou que o vereador “exerce grande influência no Município
de Caiçara do Norte, logo, caso permaneça em liberdade, poderá agir de modo a
ocultar/destruir eventuais provas ou até mesmo embaraçar as investigações”.
O MPRN levantou
que o suposto esquema de fraudes usava indevidamente a estrutura da Câmara
Municipal para o desvio de verbas públicas provenientes de contratos da Casa
Legislativa. As contas dos laranjas eram usadas para escamoteamento e
operacionalização dos ilícitos. Há indícios de que os chefes do esquema
possivelmente falsificavam contratos, inclusive com a falsificação de
assinaturas em documentos públicos.
O material apreendido na operação será analisado pelo MPRN para apurar se há envolvimento e mais pessoas no esquema. As prisões temporárias de Janailton Francisco Ferreira e de Clenilson da Silva Costa são de 5 dias, podendo ser prorrogadas por igual período, caso não haja decretações de prisões preventivas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário