sábado, 22 de maio de 2021

[espaço do leitor] Blog disponibiliza aos leitores índice de transmissibilidade da Covid-19

As medidas sanitárias e de distanciamento social devem ter como objetivo reduzir o NER

O blog entrou em contato com o professor de física, Lázaro Sousa que realizou a seguinte NER (Número Efetivo de Reprodução).

Bom, depois de analisar todos os boletins no Instagram da Prefeitura, dividi as divulgações por semanas, levando em conta para os cálculos os resultados de 7 em 7 dias.

Como houve uma interrupção na divulgação dos boletins por parte da prefeitura, devido ao período de campanha eleitoral, os dados efetivos usados para os cálculos são os de novembro do ano passado até o presente momento.

Eu fiz questão de pegar os dados diretamente de uma rede social da prefeitura (Instagram) porque ao mesmo tempo em que colhia os números, observava as ações tomadas pela secretaria de saúde.

Bom, à luz dos dados, o que posso dizer é que diante das medidas e dos decretos é possível observar respostas no que se refere ao enfrentamento da doença.

Houve efetivo recuo e diria até controle em alguns momentos nos quais o índice de transmissão efetivo esteve abaixo de 1.

No entanto, pela análise dos números, a situação que vivenciamos hoje se deve a um elevado aumento na taxa de transmissão, com picos de 4,1 e 5 em 2 de abril e 16 de abril, respectivamente. O que nos força a olhar o que aconteceu no fim de março, considerando o tempo máximo de incubação da doença (14 dias).

Desde então, do dia 13 de abril até o dia 22 de maio, são 30 óbitos em 35 dias. A taxa de transmissão média está em 1,4, o que significa que 10 pessoas podem transmitir a outras 14 pessoas.

Mesmo assim, quando avaliada pontualmente, ou seja, na data da semana usada pra os cálculos é possível notar que depois do dia 16 de abril, cujo pico foi de 5, esse valor oscila um pouquinho para menos, tendo atingido 0,8 ontem, 21 de maio, o que é, de certa forma esperado, já que além dos decretos, a situação provoca certo receio nas pessoas que tendem a ficar em casa.

Estimativas do número de mortes ainda são elevadas.

Finalmente, saliento que não sendo nenhuma autoridade no assunto, utilizo apenas ferramentas matemáticas (conhecidas) para tentar ter uma noção da realidade sem recorrer a achismo ou qualquer outra impressão puramente pessoal. Assim, insisto que trabalhos como esse devam ser objeto de produção e analise de autoridades competentes, a saber, a secretaria de Saúde do nosso município.

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