Gargalheiras em Acari. Crédito: Heráclito Patrício
O Governo do Estado do Rio Grande do Norte,
por meio do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), monitora os 47
reservatórios, com capacidade superior a 5 milhões de metros cúbicos,
responsáveis pelo abastecimento das cidades potiguares. O Relatório
do Volume dos Principais Reservatórios Estaduais, atualizado
nesta segunda-feira (08), aponta que, apesar do fim da quadra chuvosa
no interior do RN, alguns reservatórios ainda recebem aporte hídrico.
As reservas hídricas superficiais totais do
Estado atualmente são de 2.441.024.096 m³, percentualmente, 55,77% da
capacidade total de armazenamento dos mananciais monitorados pelos Igarn
juntos, que é de 4.376.444.842 m². No mesmo período de 2019, as reservas
estaduais eram de 1.449.125.957 m³, correspondentes a 33,11%.
Para o diretor-presidente do Igarn, Auricélio
Costa, a recarga recebida nos reservatórios potiguares monitorados é suficiente
para atender às demandas hídricas estaduais até a quadra chuvosa de 2021.
“Temos a melhor situação das reservas hídricas estaduais dos últimos 8
anos. A Amando Ribeiro Gonçalves também está com o seu maior acumulo de
águas desde 2012. Acreditamos que fazendo uma boa gestão dos recursos hídricos
chegaremos à próxima quadra invernosa em condição ainda melhor que a deste ano
e, tendo um outro inverno dentro do normal, poderemos seguir com a recuperação
dos nossos reservatórios”, disse o diretor do Instituto.
A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior
reservatório estadual, continua a receber aporte hídrico e já acumula 1.533.987.376 m³,
correspondentes a 64,64% do seu volume total, que é de 2,37 bilhões de metros
cúbicos. No mesmo período do mês de junho do ano passado a represa já estava em
decréscimo de volume e represava 828.104.000 m³, percentualmente, 34,50% da sua
capacidade total.
Segundo maior reservatório estadual, com
capacidade para 599.712.000 m³, a barragem Santa Cruz do Apodi acumula 215.607.720 m³,
percentualmente, 35,95% do seu volume máximo. Em 2019, o manancial estava com
151.835.789 m³, correspondentes a 25,32% da sua capacidade total.
Localizada em Upanema, com capacidade
para 292.813.650 m³, a barragem Umari acumula 258.120.744 m³,
percentualmente, 88,15%. No mesmo período do ano passado o manancial represava
120.328.062 m³, que correspondiam a 41,09% da sua capacidade total.
A barragem Pau dos Ferros manteve o volume do
relatório divulgado no dia 4 de julho e acumula 21.169.454 m³,
percentualmente, 38,9% da sua capacidade total que 54.846.000 m³. No início de
junho de 2019 o reservatório acumulava 632.639 m³, que correspondiam a
1,15% do seu volume máximo.
Outro reservatório que vem mantendo seu volume
de água acumulada é o Marechal Dutra, também conhecido como Gargalheiras, que
represa 15.355.157 m³, correspondentes a 34,57% da sua capacidade
total que é de 44.421.480 m³. No mesmo período de 2019, o manancial estava com
262.087 m³, percentualmente, 0,59% do seu volume máximo.
O reservatório Alecrim, localizado em Santana
do Matos, acumula 4.320.000 m³, correspondentes a 61,71% m³ do seu
volume máximo que é de 7.000.000 m³. No início de junho do ano passado, o
manancial estava com 3.930.000 m³, percentualmente, 56,14% da sua capacidade
total.
O açude Santa Cruz do
Trairi, localizado em Santa Cruz, acumula atualmente 2.421.897 m³,
correspondentes a 46,95% da sua capacidade total, que é de 5.158.750
m³. O reservatório estava completamente seco até janeiro deste ano. Este também
é o maior volume reservado pelo manancial desde agosto de 2012. No mesmo
período do ano passado ele estava com apenas 4.370 m³, que correspondiam a
0,08% do seu volume máximo.
Os reservatórios que permanecem com 100% da
sua capacidade são: Apanha Peixe, em Caraúbas; Mendubim, em
Assu; e Beldroega, localizado em Paraú.
Os Reservatórios que já sangraram nesta
quadra chuvosa do interior e continuam com níveis acima dos 90% das
suas capacidades, são: Santana, localizado em Rafael Fernandes, com 98,67%;
Passagem, em Rodolfo Fernandes, com 97,76%; Santo Antônio de Caraúbas, com
98,5%; Morcego, em Campo Grande, com 99,37%; Encanto, localizado no
município de Encanto, com 98,46%; Riacho da Cruz II, localizado em Riacho
da Cruz, com 99,42%; Dourado, localizado em Currais Novos, com
99,69%; e Pataxó, localizado em Ipanguaçu, com 98,48%.
Dos 47 reservatórios monitorados pelo Igarn,
apenas 2 estão com níveis inferiores a 10% da sua capacidade, sendo, portanto,
considerados em nível de alerta. São eles: Passagem das Traíras, que está em
reforma e não pode acumular grande volume hídrico, com 1,58% do seu
volume máximo e Esguicho, em Ouro Branco, com 2,98% da sua capacidade.
Percentualmente o número representa 4,25% dos reservatórios monitorados.
Já os mananciais completamente secos também
são 2, Inharé, localizado em Santa Cruz; e Trairi, localizado em Tangará. Em
termos percentuais o número representa 4,25% dos reservatórios monitorados.
Situação das lagoas
A Lagoa de Extremoz, responsável pelo
abastecimento de parte da zona norte da capital, está atualmente com 100% da
sua capacidade que é de 11.019.525 m³.
A Lagoa do Bonfim, localizada em Nísia Floresta,
está com 44.166.465 m³, correspondentes a 52,41% da sua capacidade
total de acumulação que é de 84.268.200 m³.
A Lagoa do Boqueirão, localizada em Touros,
também está com o seu volume máximo que é de 11.074.800 m³.