sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Casos de covid no Rio Grande do Norte voltam a crescer; Sesap nega 2ª onda

Após um período de crescimento exponencial, queda e estabilização, a pandemia da coovid-19 rompeu o oitavo mês no Rio Grande do Norte com um novo aumento de casos observado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). Na última quinzena, a média de infecção passou de 238 novos casos por dia para 262, segundo a Sesap informou na quarta-feira 918). O aumento é de 10% no período, mas a pasta não considera que o Rio Grande do Norte esteja em uma segunda onda da pandemia.

Segundo a Subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesap/RN, Alessandra Lucchesi, a média de novos casos cresceu após dois meses de estabilização, mas que não se configura “um crescimento exponencial” que possa ser chamado de “segunda onda”. De acordo com ela, o critério para determinar a segunda onda ainda não é um consenso, mas o mais aceito é de que isso seja considerado quando o número de casos diários chegar a 60% do que foi observado durante o pico – no caso do Rio Grande do Norte, entre os meses de junho e julho.

Nesse caso, a segunda onda no Estado seria a partir de uma média de pelo menos 420 casos por dia. Isso porque durante o pico da pandemia, o observado foi uma média de 900 casos/dia. Com o período de estabilização, em torno de 200 casos/dia, o cálculo seria 60% sobre a diferença entre o pico e a ‘base’ da curva. “Como a nossa base não chegou a xero e ficou em torno de 200 casos por dia, o cálculo seria em cima da diferença entre o que vivemos no pico e o que vivemos agora. Ou seja, 60% de uma média de 700 casos por dia”, explicou.

Técnicos da Sesap se reuniram durante toda a quarta-feira para discutir estratégias e ações de combate ao coronavírus. Ainda não há recomendações da Secretaria à governadora Fátima Bezerra no sentido de fechamento das atividades econômicas, reabertas a partir de julho. A estratégia atual é mapear os casos confirmados para interromper a contaminação e testar o máximo possível. “Temos testes disponíveis e precisamos utilizá-lo, fazendo uma busca ativa por parte dos municípios”, disse Alessandra Lucchesi. Ela ressaltou, no entanto, que medidas de fechamento nunca foram descartadas. “Se for preciso, nós iremos recomendar. Isso nunca descartamos. Mas, por enquanto, a avaliação é que não é necessário”, concluiu.

TN


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