Por Estadão Conteúdo
O
secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, disse que
a contaminação de toda a população pelo novo coronavírus é uma situação
inevitável. A questão é a velocidade em que isso vai ocorrer, para que todos
aqueles que precisarem de apoio médico, possam encontrar a estrutura
necessária.
Gabbardo ponderou
que, apesar da contaminação generalizada prevista no longo prazo, cerca de 86%
dos infectados sequer vão perceber ou ter sintomas, dadas as suas condições de
saúde, idade e imunidade, entre outros fatores. Os demais 14% podem precisar de
apoio médico. Boa parte desses será tratada, mas uma parte menor não vai
resistir.
A tendência,
segundo o secretário, é que haja uma desaceleração no ritmo no médio prazo.
Gabbardo disse que, ao longo do tempo, não se sabe em quanto tempo, ao menos
50% das pessoas vão ter tido contato com o vírus e vão criar imunidade.
"Eu já tive? Estou imunizado. Entro em contato com outro, não transmito.
Isso vai acontecer lentamente. O fluxo só reduz quando tem 50% das pessoas já
imunizadas", disse o secretário. "Imaginar que, se botássemos uma
máscara, e vivêssemos em uma bolha, não teríamos o vírus..."
Gabbardo declarou
que, na prática, a situação só tende a cair quando a maior parte da população
criar imunidade. "Isso vai deixar de existir quando nós tivermos uma
vacina. Agora, o que a gente procura fazer é que essa transmissão ocorra numa
velocidade baixa, para que a gente possa ter tempo para tratar isso",
comentou o secretário-executivo.
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