O coronavírus não passou, mas já é possível prever o que
vem depois. Queda na arrecadação, aumento de desemprego e recessão são
consequências que, dificilmente, serão evitadas. Sem as devidas intervenções e
estímulos do setor público, o presidente Bolsonaro poderá levar para casa um
crescimento inferior ao período do presidente Temer
Seria prematuro
fazer previsões sobre o impacto do coronavírus na economia, mas muitos
economistas já trabalham com a ideia de que 2020 será um ano perdido. O tamanho
do encolhimento do Produto Interno Bruto (PIB) depende de iniciativas do
ministro da Economia, Paulo Guedes, e de outras variáveis negativas da economia
internacional que não estão sobre seu controle.
Muitos
economistas do setor financeiro estão trabalhando com um cenário de queda de 3%
do PIB neste ano. Dependendo da intensidade de contaminação do vírus e seus
reflexos sobre o setor produtivo, o governo de Jair Bolsonaro poderá entrar
para história com crescimento inferior ao do ex-presidente Michel Temer.
O governo, no
entanto, tem uma grande margem de ação para amenizar os efeitos negativos sobre
a economia. O decreto de calamidade pública, que desobriga o setor público a
cumprir a meta fiscal de um déficit primário de R$ 124 bilhões em 2020, é de
grande ajuda ao secretário do Tesouro Nacional, Mansueto de Almeida, na
administração do caixa do governo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário