O Brasil, até o final do ano de 2019, contará com mais de
um smartphone por habitante, quer dizer, cerca de 230 milhões. Se fizermos uma
análise em relação ao número de habitantes, cerca de 67% da população
brasileira já contam com este tipo de dispositivo, mesmo sabendo que alguns
brasileiros têm mais de um.
O smartphone hoje é indispensável; otimiza nosso tempo,
facilita nosso dia-a-dia e ainda ajuda no nosso trabalho, estudo, ampliando e
fidelizando nossa rede de relações pessoais/ profissionais. E por que não
políticas?
Primordialmente, em sentido político, outra função que
deve ser muito utilizada nos aparelhos conectados à internet é na campanha do
próximo ano. O pleito municipal de 2020, inclusive, surge com mudanças significativas
na lei eleitoral (Lei 13.877), dentre as quais estão o fim das coligações
proporcionais, a autorização para o pagamento de despesas com advogados e
contadores, a permissão de abertura de contas bancárias para partidos e a
implantação do período de 45 dias de campanha, que valeu inicialmente na
campanha de 2018.
Como forma de enxugar os gastos ainda mais e tornar os
pleitos mais participativos e interativos, os smartphones conectados à internet
vão promover um impulsionamento enorme às estratégias eleitorais majoritárias e
proporcionais.
Os telefones devem ser propulsores de informações, dados,
fotos, vídeos, áudios e conceitos das campanhas a partir de agora com ainda
mais força. Indubitavelmente, terão um papel preponderante na estratégia política
em 2020.
As redes sociais – Facebook, Instagram, Twitter e YouTube
– serão o carro chefe dessa atuação nos celulares, cada um com sua estrutura e
o seu target específico. E o WhatsApp?
Deve ser utilizado para formação dos grupos de campanha e
para a difusão de informações e prospecção de novos eleitores. Cada militante
virtual tem o seu grupo de amigos nas redes sociais e devem trabalhar muito
nelas. Um exemplo prático: faça uma rede de 256 amigos por vez no WP, para chamá-los,
sem sair de casa, às caminhadas políticas, comitês e reuniões.
Você pode fazer um vídeo, áudio ou texto, como achar
melhor, e adaptá-lo para outras redes sociais, respeitando suas características
próprias.
Além disso, poderão ser desenvolvidas também campanhas
especiais online para divulgar as realizações do candidato ou suas propostas
para os próximos quatro anos.
Lembro a vocês que as empresas de telefonia têm se
adaptado a essa nova realidade - de ter um consumo maior de dados do que de
voz. Remodelando os seus pacotes comerciais oferecidos aos clientes.
Pessoal, usem bem seus dispositivos alinhados com a
direção estratégica das campanhas, sejam alegres, pacíficos e argumentem muito,
convertendo muitos votos. Mas, para finalizar, fica o lembrete de que, ademais
toda a atuação virtual, vamos gastar muito a sola de nossos tênis, pois temos
que invadir o Estado na web, mas sobretudo na rua, no encontro pessoal com os
eleitores.