Blog do
Valdo Cruz
Diante da soltura do ex-presidente Lula e sua busca de
reorganizar a esquerda, centrando sua atuação na área social e no Nordeste, o
presidente Jair Bolsonaro será aconselhado por aliados a evitar perder energia
demais na polarização com o ex-presidente petista e a melhorar sua relação com
o Legislativo para aprovar medidas visando acelerar a retomada do crescimento
econômico no próximo ano.
Afinal, se a economia não reagir mais fortemente em 2020,
ano de eleição municipal, o ex-presidente Lula terá um terreno fértil para
fazer seu discurso de que a direita não conseguiu tirar o país da crise, mesmo
que ela tenha sido gerada pela ex-presidente Dilma Rousseff. E isso pode ser
refletido na disputa eleitoral do ano que vem.
Na avaliação de interlocutores de Bolsonaro,
principalmente da área militar, o presidente não precisa perder muita energia
com Lula, porque uma radicalização do petista, já ensaiada nos últimos dias
após sua saída da prisão, fortalece naturalmente o presidente da República e
reaglutina seu eleitorado, num momento em que uma parcela dos que votaram nele
começavam a se descolar do atual governo.
Então, a avaliação é que o melhor caminho é deixar Lula
radicalizar, não entrar no seu jogo, mas cuidar do governo, principalmente da
área econômica, para fazer o país decolar, e também dar uma atenção especial à
área social, terreno em que o petista vai atuar para desgastar o atual
presidente da República. O contraponto a Lula ficaria por conta do ministro da
Justiça, Sergio Moro, e de seus aliados nas redes sociais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário