Acordo para abertura de novo mercado foi assinado na quarta-feira (23) no país asiático. Para empresário, vendas para o exterior podem duplicar em dois anos
Melão produzido é um dos produtos potiguares líderes de exportação (arquivo) — Foto: Anderson Barbosa/G1 |
O setor de fruticultura do Rio Grande do Norte fechou um
acordo para abertura do mercado chinês à produção de melão potiguar. O acordo
para a exportação foi assinado no país asiático na madrugada da última
quarta-feira (23) e a expectativa do setor é de que o potencial do mercado
resulte na geração de 10 mil novos empregos diretos nos próximos três anos. O
estado é o maior exportador de melão no país.
A informação foi divulgada pelo governo do estado. De
acordo com o Poder Executivo, os primeiros contêineres com frutas produzidas no
estado devem ser enviados à China a partir de fevereiro, consolidando a
exportação plena a partir da safra 2020-2021.
Em julho deste ano, uma missão formada por diplomatas e
empresários chineses visitou as plantações de melão no Oeste Potiguar. A visita
foi articulada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do
Desenvolvimento Econômico (Sedec), junto à embaixada chinesa em Recife para
aproximar as relações e buscar novos negócios. Em maio, empresários potiguares
também participaram de uma comitiva brasileira, montada pelo Ministério da
Agricultura, que visitou a Ásia.
Presidente da a Associação Brasileira dos Produtores
Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), da Câmara Setorial da Cadeia
Produtiva de Fruticultura do MAPA, e do Comitê Executivo de Monitoramento da
Mosca das Frutas (Coex), o produtor Luiz Roberto Barcellos afirmou ao G1, em
abril, que as negociações com a China para a entrada do melão brasileiro no
país já duravam cinco anos. Os chineses temiam, por exemplo, a entrada de
pragas como a mosca-da-fruta. Porém, o estado é livre dela.
Visita
A Cônsul Geral da República Popular da China no Brasil,
Yan Yuqing, visitou a Agrícola Famosa - maior produtora no estado - em julho,
quando veio ao Rio Grande do Norte trazendo uma comitiva para avaliar as
potencialidades e buscar possíveis investimentos para o estado. “Em dois anos,
poderíamos exportar duas vezes a quantidade de melão que exportamos hoje”,
justificou o empresário Luís Barcelos, que já comercializa seu produto para
países como Inglaterra, Holanda, Alemanha, Itália, Portugal, Espanha, Chile e
Argentina.
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