Atribui-se a Tancredo Neves a frase de que “O Senado é o
céu, sem precisar passar pela morte”. Mas o céu, na verdade, é o STF. Cada um dos
11 ministros da Corte embolsa R$ 39,3 mil de salário, fora os auxílios
penduricalhos, como moradia, pré-escolar e natalidade. As despesas para manter
a Corte chegam a meio bilhão de reais por ano.
Tem 2.450 funcionários, uma média de 222 por ministro, com
salários que variam de R$ 6 a 30 mil. Tem, pasmem, 25 bombeiros civis, 85
secretárias, 293 vigilantes, 194 recepcionistas, 19 jornalistas, 29
encadernadores, 116 serventes, 24 copeiros e 27 garçons, 12 auxiliares de
desenvolvimento infantil e 58 motoristas.
Suas excelências gastaram, no ano passado, R$ 2 milhões
em educação pré-escolar, R$ 12 milhões em alimentação, R$ 204 mil em auxílio
funerário, R$ 10 milhões em informática e R$ 40 milhões em segurança
institucional, privilégio que nem todos podem ter.
Os ricos
e os pobres – O rendimento médio de um ministro do STF é
18 vezes maior do que o do trabalhador. O Judiciário brasileiro é um acinte à
pobreza. É, comprovadamente, um dos com a melhor remuneração e mordomias do
mundo. Nos Estados, há aberrações, como no Rio, onde um juiz chega a ganhar
mais de R$ 100 mil. Enquanto isso, o salário mínimo teve um aumento de apenas
R$ 42,00.
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