Ao subscrever um texto
escrito por um ex-candidato a vereador do Rio de Janeiro e remetê-lo para “meia
dúzia de pessoas” por meio das redes sociais, reconhecendo que, “sem
conchavos”, o Brasil torna-se ingovernável, o presidente Bolsonaro passou mais
um recibo de sua incapacidade administrativa.
Afinal, o presidente não é
um neófito na política. Passou 28 anos na Câmara Federal e durante esse tempo
teve oportunidade de saber que nosso o presidencialismo é assim mesmo. Com 30
partidos representados no Congresso, 80% dos quais sem qualquer programa, o presidente
só governa se distribuir nacos de poder com os aliados. E isso Bolsonaro não
quer fazer.
Daí estar reconhecendo, tardiamente, que não fez nada até agora
porque o Congresso e a Justiça não teriam deixado, esquecido de que, nos EUA,
sua nova pátria amada e idolatrada, as coisas também funcionam assim e nem por
isso o presidente Trump está a perigo. Pobre de nós brasileiros sermos
obrigados a conviver a partir de agora com o fantasma de um novo impeachment.
As democracias
parlamentaristas afastam o 1º ministro que fracassa com um simples voto de
desconfiança e marcam novas eleições. Já nas democracias atrasadas como a
nossa, ou se espera que o eleito conclua o mandato, mesmo sob protestos da
população, ou se decreta sua saída por um processo de impeachment a um custo
político incomensurável.
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