segunda-feira, 20 de maio de 2019

Impeachment é voto de desconfiança dos pobres

Ao subscrever um texto escrito por um ex-candidato a vereador do Rio de Janeiro e remetê-lo para “meia dúzia de pessoas” por meio das redes sociais, reconhecendo que, “sem conchavos”, o Brasil torna-se ingovernável, o presidente Bolsonaro passou mais um recibo de sua incapacidade administrativa.

Afinal, o presidente não é um neófito na política. Passou 28 anos na Câmara Federal e durante esse tempo teve oportunidade de saber que nosso o presidencialismo é assim mesmo. Com 30 partidos representados no Congresso, 80% dos quais sem qualquer programa, o presidente só governa se distribuir nacos de poder com os aliados. E isso Bolsonaro não quer fazer.

Daí estar reconhecendo, tardiamente, que não fez nada até agora porque o Congresso e a Justiça não teriam deixado, esquecido de que, nos EUA, sua nova pátria amada e idolatrada, as coisas também funcionam assim e nem por isso o presidente Trump está a perigo. Pobre de nós brasileiros sermos obrigados a conviver a partir de agora com o fantasma de um novo impeachment.

As democracias parlamentaristas afastam o 1º ministro que fracassa com um simples voto de desconfiança e marcam novas eleições. Já nas democracias atrasadas como a nossa, ou se espera que o eleito conclua o mandato, mesmo sob protestos da população, ou se decreta sua saída por um processo de impeachment a um custo político incomensurável.

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