segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Desde 1954, Natal dos Ciganos é realizado na cidade de Apodi/RN e atrai ciganos de todo Brasil


O povo Cigano não dispensa uma festa, e imagina se o natal passaria desapercebido. É uma festa de uma semana, sem muitos limites de comidas, bebidas e muita dança. É uma das festas mais importantes que o povo Cigano dá mais valor, alguns passam dias sem dormir só em função das celebrações. A festa também serve para confraternização com os que durante o ano tiveram alguma quezila mal resolvida, e todos acertarem seus pontos de inimizade e desafetos. É momento de paz.

O Natal para o povo cigano vai muito além da reunião no acampamento com comidas fartas, Babás, Barôs, Crianças e todos reunidos em volta da mesa. Mais do que a confraternização em si, o Natal é a data onde se comemora o nascimento do maior de todos os ciganos: o Sr. Jesus Cristo.


Estes são os patriarcas mais velhos do núcleo Cigano residentes em Apodi – Rio Grande do Norte, Erasmo Carlos de Arruda e o senhor Francisco Fonseca Ferreira este último com 87 anos, que segundo ele a festa cigana homenageando o nascimento do nosso Menino Jesus é realizada há muitos séculos, e que a primeira vez realizada na cidade do Apodi foi em 1954 quando o grupo de cigano do qual a família pertencia, chegava a solo apodiense.

Daí para cá todos os anos se repete, inclusive com a participação de ciganos de várias partes do Brasil, este ano estão presentes ciganos das cidades Natal, Fortaleza, São Luís/MA, Picos/PI, Horizonte/CE, e as cidades do Rio grande do Norte, Macaíba, Parnamirim, Tangará, Umarizal, Santo Antônio do Salto da Onça, Assu e Macau totalizando a presença de 200 irmãos da vida cigana do Brasil.

Nesta especial e importante celebração, não podem faltar as comidas que remetem a prosperidade e a cultura cigana como o tradicional tchaio, a sangria, muitas frutas, sucos, frutas cristalizadas, puchero, o pão da felicidade e o tradicional cordeiro à mesa.

Outra tradição é montar uma cesta de frutas muito colorida e presentear um andarilho ou transeunte que esteja passando necessidade. Isto se estende as sobras da ceia. Os ciganos nunca desperdiçam os alimentos e para eles, compartilhando é que somamos.

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