quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Eleição de Bolsonaro para presidente é um retrocesso do ponto de vista civilizatório

O Brasil escolherá no próximo domingo os dois candidatos a presidente da República que irão disputará o segundo turno, e caso as pesquisas estejam certas os finalistas serão Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. Bolsonaro vai entrar no segundo turno como favorito, pois nenhum dos seus competidores consegue fazer o que ele faz, mesmo estando fora de combate há quase 30 dias em razão do incidente de Juiz de Fora: grandes manifestações no país inteiro apesar de o seu partido não ter candidato favorito a governador em nenhum estado da federação.

É o próprio povo que se organiza, espontaneamente, para defender a candidatura dele nas ruas, algo que foi visto domingo passado não apenas nas capitais mas em diversas cidades do interior. Do ponto de vista civilizatório, trata-se de um grande retrocesso dada as manifestações do candidato em defesa do que houve de pior durante os governos militares, inclusive a tortura a presos políticos. Se o Brasil não o quisesse na Presidência da República, não deveria deixá-lo sequer chegar ao segundo turno, mas ele já passou dos 30% de intenções de voto e a sua presença no turno final tornou-se inexorável.

O Brasil tem outras opções mais apropriadas para o momento político em que se encontra, a exemplo de Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e Henrique Meirelles. Mas se a maioria dos eleitores não os quer no governo, paciência! Isso também faz parte da democracia.

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