A do dia: “um juiz
autorizou o suspeito de esfaquear o Bolsonaro a dar entrevista para TV no dia
5, uma sexta-feira, dois dias antes da eleição. No sábado não tem programa eleitoral
para se defender. Tem 99% de chance de armação. Vamos repassar para todos
ficarem sabendo”.
Você recebeu esse
texto? Compartilhou? Então contribuiu com uma Fake News. A notícia simplesmente
é falsa, dando a entender que um esquema estaria para prejudicar o candidato
Fernando Haddad, do PT.
Outra: um áudio
reproduz a voz de Bolsonaro reclamando da internação, dizendo palavrões e
xingando o candidato a vice Mourão. Falsa! Pesquisa que coloca o mesmo
candidato com 45% das intenções. Falsa!
No Estado, começam
a haver acusações mútuas de Fake News pelas turmas de Fátima e Carlos. Essa
semana, elas se intensificaram. E quer saber de uma coisa? Vão se multiplicar,
e muito, nesses quinze dias que antecedem o pleito.
Por mais que a
justiça tenha buscado frear a propagação de notícias falsas, elas continuam
circulando. O principal veículo de propagação é o WhattsApp, ainda o corpo que
abriga todas as tentativas de induzir o erro a população. Ainda não se
criou, por exemplo, um carimbo para a origem da notícia falsa, para identificar
de onde saiu a primeira desinformação, como a revelação do número de origem,
algo que a tecnologia já poderia ter resolvido.
Uma coisa é certa:
divulgação de números falsos de pesquisas, montagens e trucagens serão o prato cheio até
o dia 7.
Então, valem
aquelas dicas básicas para você não cair nessa reta final do pleito. Sempre
leia a notícia inteira, buque checar se tem link de um veículo com histórico de
seriedade.
Desconfie dos
textos soltos sem link, cheque os interesses de quem publicou a matéria,
confira a data da publicação, pesquise a mesma informação em outras fontes, não
acreditar em tudo o que está nas redes, desconfie de notícias que tenham muitos
adjetivos e, principalmente, não compartilhe sem certeza.
Seu gesto isolado
pode não resolver a chaga da propagação das Fake News. Mas você não terá
contribuído com essa praga contemporânea, que tanto mal faz à democracia.
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