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Entidade defende educação contextualizada com o meio, conservação da Caatinga, e políticas que sustentem e deem dignidade às famílias em comunidades espalhadas pelo Nordeste |
O clientelismo
político, aliado do coronelismo, que imperou secularmente na região semiárida
brasileira, aprofundou as desigualdades socioeconômicas e a concentração
fundiária, implementando soluções com gigantismo e ineficiência, alimentadoras
da “indústria da seca” e que, efetivamente, não mudaram a realidade na região
na perspectiva de criar oportunidade para todos e todas.
É o que diz em
nota a ASA – Articulação do Semi Árido, formada por mais de três mil
organizações da sociedade civil de distintas naturezas – sindicatos rurais,
associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, ONG’s,
Oscip, conectando pessoas organizadas em entidades que atuam em todo o
Semiárido defendendo os direitos dos povos e comunidades nos 10 estados que compõem
o Semiárido Brasileiro (MG, BA, SE, AL, PE, PB, RN, CE, PI e MA). É agente
determinante em políticas públicas com o Programa Um Milhão de Cisternas.
“Conviver com o
Semiárido significa valorizar seu povo, sua cultura, seu modo de ser e de
viver, seu protagonismo. É assumir seu povo na sua imensa diversidade de raças,
etnias, gerações, identidades de gênero e orientações sexuais. É assumi-lo, especialmente, como construtor e
senhor de sua própria história, sem perder de vista processos fundamentais, como:
a política de estoque de água, sementes e alimentos, garantindo vida digna e
saudável para as pessoas e também contribuindo com a conservação da
sociobiodiversidade; e, por outro lado, valorizando elementos outros como
educação contextualizada, conservação da Caatinga, querer bem a natureza,
cultura”, diz em texto.
“Nos últimos dois
anos, porém, vivenciamos a desconstrução destas e de outras políticas,
representando um retrocesso de até 30 anos na garantia dos direitos, ameaçando
os frutos da caminhada, deixando a população desesperançada quanto ao futuro da
região e trazendo à tona o fantasma da indústria da seca e, pior, o retorno da
miséria e da fome”, critica.
A entidade alerta
para o risco de políticas concentradoras, geradoras de exclusão e de morte.
“Entendemos que não se pode continuar tratando o Semiárido com políticas e
estratégias que excluem seu povo e negam, ao mesmo, oportunidades”.
Pensando nisso, a
entidade elaborou uma carta aos candidatos e às candidatas ao Pleito
Eleitoral de 2018, que pode ser conferida aqui.
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