sábado, 12 de maio de 2018

Rosto da desigualdade social tem a cor negra

Kennedy Alencar

Termos sido um dos últimos países do mundo e o último das Américas a acabar com a escravidão nos cobra um preço alto até hoje. Apenas recentemente, com a criação das cotas para empregos no serviço público e nas universidades, o Brasil teve uma política pública de inclusão social dessa população.

A desigualdade social brasileira tem muitos rostos, infelizmente. Mas o rosto mais conhecido dessa tragédia social tem a cor negra. Basta ver os índices de assassinatos de jovens negros na periferia. Basta olhar para as massas sem moradia, para as massas sem acesso à educação.

Essas massas formam um exército de mão de obra barata, um enorme contingente de pessoas sujeitas a péssimas condições de trabalho.

A desigualdade social do Brasil se entrelaça com a questão racial. O preconceito nunca foi cordial. Esse preconceito sempre foi violento, mesmo quando mascarado de maneira silenciosa, como os minúsculos quartos de empregada nos grandes centros urbanos, as nossas minisenzalas. O título da série da CBN, Correntes Invisíveis, é um retrato fiel da nossa realidade em pleno século 21 - 130 anos depois da abolição da escravidão no Brasil.

Por isso, é importante continuar com a política de cotas sociais, que é uma forma de a sociedade como um todo tentar resgatar uma dívida social que tem com a sua população negra.

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