segunda-feira, 28 de maio de 2018

Por que as panelas não batem como antes?

Não me perguntem que país é esse – mas seu estrato nas redes sociais, que são a voz filtrada e possível de ser ouvida de um povo muito esquisito, ou seja, nós – beira o non sense e o universo paralelo. Todos sabem, a essa altura, no oitavo dia de greve – que, além de sermos o país do meme e de, felizmente, ainda termos a capacidade de rirmos da nossa desgraça, que Temer perdeu completamente a capacidade de governar.

A república do PMDB e agregados – os fiapos políticos Temer, Jungmann, Marun, Padilha, Moreira e os fardados Joaquim Silva e Luna e Sérgio Etchegoyen – já é tratada, no caleidoscópio das redes sociais, como uma espécie de governo de mortos vivos. As panelas bateram timidamente enquanto Temer capitulava ao vivo no Fantástico, entregando anéis e dedos, carpos, metacarpos e falanges. Mas o corte de 46 centavos por litro do diesel cobrado direto na bomba, entre outras concessões – todas interessantes para os donos do negócio, e encampadas, cordeiramente, por quem está na boleia -, não surtiu efeito imediato, como já se percebe.

A greve pode acabar nas próximas 24 ou 48 horas, mas o governo já acabou. Nem será preciso uma sequência de novas greves, ou uma greve geral para fazê-lo despencar no terceiro andar do Palácio do Planalto. Já caiu. A dúvida é apenas se chega ao fim do mandato – Meirelles devia tirar férias permanentes em Genebra – ou se o país partirá para uma ruptura. As redes sociais refletem esse brainstorm sem genialidade.


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