domingo, 25 de março de 2018

Temer nos coloca séculos atrás no planeta

Uma palavra define o Presidente Temer: enfado. Enfado de quem o ouve, é certo. Mais enfado ainda ele parece sentir ao fazer qualquer declaração pública. Enfado de quem fala por obrigação e não por interesse.

Sua declaração sobre o brutal assassinato da vereadora Marielle Franco mostra isso. O timbre da voz, o ritmo, o conteúdo da fala demonstram absoluta desconexão com o fato. Um Presidente sem energia, exatamente como estamos todos sem esperança.

Como cobrar energia deste cidadão?

Temer sempre foi um político medíocre, alçado ao cargo de segundo de uma Presidente que não se elegeria se não contasse com o tempo de mídia e com a tropa de choque do PMDB. Um Vice por interesse mútuo.

De Dilma para se eleger, dele para coroar sua tacanha carreira. Temer é o exemplo de uma política extinta no mundo. Pense em Justin Trudeau, do Canadá e morra de inveja. Temer nos coloca séculos atrás no planeta. Trump é maluco. Temer nem isso.

Há meses que ao invés de governar, ocupa-se com conchavos para salvar a própria pele. Até a intervenção na segurança do Rio é uma visível armação. Como medíocre que sempre foi, concluiu seu momento de fama com mais uma das manobras políticas que caracterizam sua vida pública.

Temer interveio no Rio para poupar-se da derrota da reforma da Previdência e com isso congelou o Parlamento do país até depois das eleições. Encerrou oficialmente o ciclo de quatro anos de governo mais desastroso que se tem registro na história no país.

Agora vem a Copa, depois as eleições e ninguém mais espera nada de novo. A morte da vereadora Marielle é apenas colateral. Morreu porque denunciava a corrupção na Polícia do Rio.

Marielle fazia parte de uma comissão da Câmara que monitorava a intervenção. A vereadora levou tão a sério seu trabalho que imaginou-se no direito de denunciar. Sua morte é o retrato de uma intervenção tão mal planejada que deixa um membro dessa Comissão andar pelas ruas num carro sem blindagem, sem guarda-costas, sem nada.

Andava pelas ruas do Rio com um alvo na testa. Temer agora lamenta, diz que sua morte será investigada e os culpados punidos exemplarmente.

Diz isso com o enfado de um pai que repreende o filho sem tirar os olhos do jornal, cansado e desmotivado.

Por Mentor Neto

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