Foto Orlando Brito |
As coisas às vezes
não são como parecem ser.
Há leituras
diversas, nem sempre politicamente corretas, essa meia praga que solapa a
inteligência.
Fui apresentado
ao limitado raciocínio binário: se existe safado de um lado, tem que haver do
outro também.
O que acabou me
fazendo lembrar de um experiente parlamentar. Ele, a velha raposa, garante que ninguém
quer provar a inocência. É isso que temos visto.
A inocência não é
mais um objetivo, afinal, todos são culpados. Interessa apenas a prioridade na
fila dos apenados.
Mas por que me
lembrei disso tudo agora? Ora, porque nenhuma força política consegue emplacar
uma narrativa no mínimo atraente. Não há discussão, debate.
Qualquer
iniciativa, de qualquer lado, é desqualificada no nascedouro. E assim vamos caminhando
cheios de certezas vis.
Até o calendário
parece ser binário: para um lado, outubro é logo ali. Para o outro, ainda vai
demorar.
Eleição
após eleição o enredo não muda. Tape as narinas. Vai continuar.
Na
natureza e na política, o tempo sempre pode virar.
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