De dois jeitos,
basicamente:
1. Ou você indica
amigos para os milhares de cargos da empresas estatais ou para pegar dinheiro
no BNDES - e eles roubarão para você, para eles mesmos, para parentes e amigos.
Tipo um Joesley.
2. Ou você rouba
diretamente do dinheiro que administra e que se danem as nomeações e as malas
pretas. Tipo um Sérgio Cabral.
Como ser político
no Brasil dá dinheiro, você precisa se eleger.
Para se eleger, em
qualquer lugar do mundo, o político precisa ter uma proposta convincente ou ter
realizado algo. Pode ser uma ideia de cunho social, pode ser um viaduto ou
hospital, sei lá. Mas o eleitorado pensa: "poxa... esse cara é bom. Vou
votar nele."
Aqui no Brasil é
diferente.
Para se eleger, no
Brasil, um político só precisa fazer uma campanha. Ganha o que tiver a melhor
(maior) campanha, que se dane o que realizou ou sua ideologia. Por isso, para
ganhar uma eleição Lula aperta a mão de Maluf, Sarney se associa com Collor e
por aí vai.
Essa distorção
ética é o centro de todos os nossos males porque:
1. Surgiram
quadrilhas de políticos - de vereadores até presidentes - que usam os tais
métodos de roubo descritos acima para juntar dinheiro para suas campanhas.
2. Que se dane
qualquer ideologia. Percebem?
Nossa política é
um cachorro correndo atrás do próprio rabo.
Eu me elejo para
roubar -> roubo para me eleger.
Assim, ao invés de
qualquer ideal, a única meta de nossos políticos é se eleger. Não importa a
qual custo.
Para nós,
eleitores, é natural que seja assim. É só o que vemos há anos. A única coisa que escutamos são os conchavos
que poderão resultar em mais roubo, mais dinheiro para campanhas, mais eleitos
para roubarem ainda mais.
Quando,
eventualmente, surge uma proposta fora desse círculo vicioso, rapidamente os
políticos entendem que surgiu aí mais uma oportunidade para garantir cargos,
dinheiro ou campanhas.
Reforma Política
ou da Previdência? Eu voto no que você quiser desde que eu ganhe um cargo para
meu primo, ou um dinheiro, ou ambos.
Eu sugiro:
1. Nenhum
candidato pode deixar o cargo eletivo para disputar outra eleição.
2. Oito anos entre
reeleições.
3. Propaganda
Política dentro de normas, formatos e mídias absolutamente iguais para todos os
candidatos do Legislativo. Para o Executivo os candidatos só poderão participar
de debates na mídia expondo suas ideias.
Quando eu for
presidente do mundo, pode anotar, acabo com essa palhaçada toda.
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