Gerir o público passou a ser uma grande dor de cabeça para muitos
gestores, principalmente, aqueles que não têm em sua essência o tino de gestão
corporativa, ou seja, aquele que simplesmente foi eleito pelo povo, mas não
está preparado para administrar uma engrenagem tão complexa quanto a máquina
pública.
Com a crise, que vem solapando as finanças públicas desde alguns anos,
os gestores públicos tiveram que mudar seu modo de pensar e, sobretudo, agir.
Nem todos conseguem. Não dá mais para ficar sentado na cadeira esperando que os
recursos caiam do céu, foi-se o tempo das vacas gordas.
Costumo dizer que gestor bom não é aquele que administra na bonança. Se
conhece um bom gestor nos momentos de crise e falta de recursos, já que ele
terá de mostrar suas habilidades para superar as dificuldades de forma
criativa, muitas vezes tomando medidas corajosas e impopulares.
Mas, vamos pensar um pouco como podemos superar os obstáculos que hoje
dificultam a gestão pública em Apodi. Escrevi nesse espaço que um dos caminhos
mais lógicos para superar a crise financeira é aumentar a arrecadação,
obviamente, sem criar novos tributos que venham onerar o contribuinte.
O outro caminho ou o outro lado da moeda, é a redução de custos. Como
fazer isso em meio a uma estrutura tão grande e inúmeros tentáculos? Fácil, de
forma alguma. Mas tenho a convicção que é possível estabelecermos critérios e
mecanismos simples que podem contribuir em muito à redução dos custos
operacionais da máquina administrativa.
Vários são os caminhos. Não se pode exonerar servidores, mas é possível
criar mecanismos para controlar horas extras, plantões e, também, otimizar as
equipes.
Acredito que outra saída para reduzir os custos é a revisão dos
contratos. Existe uma máxima na iniciativa privada que para vender para o setor
público é preciso aumentar o valor, devido a inconsistência nos pagamentos. Mas
isso precisa ser revisto e logo.
É preciso pensar no compartilhamento dos
espaços com foco na redução de custos. Com isso quero dizer que um
equipamento que tem espaço ocioso, por exemplo, na saúde, pode ser
compartilhado com o desenvolvimento social e assim integrar serviços com
redução dos custos com água, energia, limpeza etc.
Outro ponto importante é fazer
análise sistemática dos processos. Por exemplo: há controle da frota? Há
controle do abastecimento? Há rastreamento dos veículos próprios e locados? Há
controles de diárias e viagens? As compras gerais para as secretarias são
unificadas para ter ganho em escala? Essas são algumas perguntas que precisam ser
respondidas pela gestão em Apodi.
Adaptado de Gutemberg Dias
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