O fanatismo – principalmente religioso e político – só
levou a humanidade ao atraso, ao obscurantismo, à segregação e a estupidez.
Fanatismo é uma fortaleza perene em Apodi, no Rio Grande do Norte e demais
recantos desse vasto mundo terreno e da alma humana.
Num passeio pela história do homem até nosso tempo, é
fácil identificar como o fanatismo freia a evolução da espécie: da ciência à
organização social.
O fanático é um autista. Para ele, há um mundo próprio,
com valores ortodoxos. Seus dogmas, lógico, estão certos e são indiscutíveis.
Sempre.
Nessa cegueira, o fanático estabelece o maniqueísmo como
bússola, julgando tudo e a todos sob a bifurcação do bem e do mal. O bem, o seu
lado. É o que ele defende, muitas vezes sem saber exatamente o que advoga como
verdade.
O fanático é antes de tudo um idiota, o senhor da razão –
pensa.
Mantenha-o ocupado; seja indiferente…
Intolerante, o fanático não debate, agride.
O fanático não conversa, ruge.
O fanático não se contrapõe a argumentos, ataca o
argumentador. Quem é o fanático?
É aquele indivíduo que ironizou Cristo na cruz, o SS
nazista que cumpriu ordens do III Reich para queimar judeus ou aquele
borra-botas que só vê virtudes em seu líder político.
Todos, cada um em seu contexto histórico e circunstância,
age como fanático, incapaz de se portar com prudência e racionalidade.
Somos as suas vítimas até hoje.
Esse homem-bomba, como todo homem-bomba, é o primeiro a
morrer em seus delírios.
Deixe-o ir só às profundezas de sua pobreza e insanidade.
Sejamos indiferentes…
Por Carlos Santos
Um comentário:
Gostei do texto, com pura verdade, sem ceticismo ou cinismo!
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