quarta-feira, 25 de outubro de 2017

O investimento público no Brasil do século XXI

Por Erick, O Caçador

A análise do nível do investimento público no Brasil de FHC (PSDB), Lula & Dilma (ambos do PT) e Temer (PMDB), compondo o cenário da Esquerda Brasileira no Poder durante o século XXI (2000 a 2017), mostra que os investimentos públicos em infraestrutura e serviços para a população chegaram ao nível máximo de 1,1% (o que, convenhamos, não chega a ser uma prova de visão estadista, muito pelo contrário). No momento, por incrível que pareça, tal investimento está se aproximando do zero: não é à toa que a Nação está no buraco!

O investimento público alto e estável é apontado por economistas como um fator que impulsiona a economia ao crescimento, além de favorecer o aumento do índice de Desenvolvimento Humano, por seus efeitos colaterais na prestação de serviços públicos e geração de empregos. São exemplos de investimentos públicos a construção de hospitais, estradas, aeroportos e indústrias estatais que, naturalmente, precisarão de funcionários públicos a seu serviço.

Nos países europeus, por exemplo, há 3 funcionários públicos para cada um funcionário público no Brasil (proporcionalmente), o que se reflete no excelente e reconhecido padrão de qualidade do Estado europeu e seus serviços. Ao contrário do que pregam os defensores exacerbados do "Estado Mínimo" (que chegam ao ponto de defender a extinção das empresas estatais), o serviço público e as estatais tem importante papel no Estado Capitalista desenvolvido, seja pela capacidade de absorção da mão-de-obra desempregada (mesmo que temporariamente, no caso dos "terceirizados"), seja pela manutenção em mãos nacionais de áreas estratégicas para a economia/soberania/segurança da pátria. Evidentemente, há limites para o "estatismo": é preciso equilibrar o tamanho do Estado num "Estado Necessário" - nem "mínimo", nem "inchado".

Como histórico exemplo positivo no Brasil, temos a criação de estatais durante o Regime Militar (1964-1984), período em que se construiu praticamente toda a infraestrutura nacional atual, que os governos recentes se esforçam para dilapidar através do sucateamento, privatizações burras e gestão corrupta. Em certo momento do Regime Militar, o PIB nacional cresceu tanto (3 vezes a média mundial) que se chamou de "milagre brasileiro" a esse fenômeno. Embora tenha havido retração nesses padrões de crescimento, no bojo das crises posteriores do capitalismo mundial, a economia não retroagiu aos níveis pré-1964, o que efetivamente mostra um ganho perene. A maior prova disso reside no fato de que é basicamente da infraestrutura construída pelos Governos Militares que a economia do Brasil vive até hoje, apesar da má gestão evidente, nas últimas décadas.

É realmente necessário que se reoriente a gestão pública do Brasil, principalmente com a retirada do Poder dessas correntes políticas corruptas e lesa-pátria que tanto mal causam ao povo! O que hoje se chamam, com malandragem evidente, de "gastos públicos", na verdade são investimentos no bem-estar da população e injeção de dinheiro público na manutenção saudável da economia.

O investimento público bem feito é uma estabilidade no presente, e também uma estrada para o futuro.

Erick Guerra, O Caçador

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