Já faz um tempo que as instituições políticas
brasileiras vêm perdendo crédito frente à população. Antes do início da Operação Lava Jato,
52% da população dizia não confiar em partidos políticos. Atualmente,
já são 69% da população, segundo pesquisa do
Datafolha.
Desde então, vivemos um declínio na relação de
confiança entre a sociedade e os políticos, processo no qual se começa a
depositar esperança em figuras que não pertençam à classe política, para
justamente poder transformá-la. Além disso, quando perguntados qual é a
primeira coisa que vem à mente quando se pensa em Brasil, 23% dos
entrevistados pelo Datafolha responderam: Lava Jato. Nesse
contexto de enorme negação da política, é preciso pensar fora da caixa sobre
aspectos que influenciam essa transformação.
Desde a Constituição de 1988,
municípios vêm ganhando cada vez mais autonomia. Foi quando eles receberam o
status de ente federativo e adquiriram especial importância por estarem
próximos da população, assumindo um papel central na formulação e execução de políticas públicas e
impactando diretamente a qualidade de vida de seus munícipes. O Brasil possui
5570 municípios e 70% deles são pequenos, isto é, com até 20 mil habitantes.
Além das questões gerenciais
nos municípios, é importante pensar no papel dos pequenos
municípios, que têm baixa capacidade administrativa, baixa arrecadação, forte
dependência de transferências estaduais e federais, mas que são a maioria no
país, também para a mudança do processo político.
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