A permanência de Michel Temer na
Presidência da República é o maior ataque à ética política da história do
Brasil. Um absurdo sem precedentes. É óbvia essa constatação quando assistimos
a nossa democracia ser torpedeada sucessivamente e sem pudores pelos mais
espúrios acordos e as mais impatrióticas conspirações de uma maioria de
políticos indecentes que se une para tramar a autoproteção a seus crimes.
Políticos cujas tramas agridem, insultam e
afrontam o povo brasileiro de uma forma que jamais ocorreu em mais de 500 anos
de Brasil. Parte do PMDB e do PSDB elabora um plano para salvar Michel Temer e
Aécio Neves. Uma mão suja lava a outra mão suja e as duas limpam os pés de
porcelana sujos. O PSDB tentará salvar Temer de um processo no STF e o PMDB
tentará salvar Aécio de um processo no Conselho de Ética do Senado Federal.
Este é o Brasil que eles pretendem levar
até 2018. O povo brasileiro não pode permitir esse pacto indecente. Precisamos
ir às ruas com firmeza, serenidade e altivez.
A maioria daqueles que insistem na
permanência de Michel Temer na presidência é cúmplice da impunidade e parceira
da corrupção que aflige o País. A rigor essa maioria está consagrando a
corrupção em nosso País.
Essa artimanha para salvar Temer e Aécio
representa a defesa da "velha política do rouba, mas faz". Na cabeça
desses aliados para uma "ação entre amigos", as reformas propostas
pelo governo Michel Temer estão acima da ética e da moralidade pública. Pelas
reformas, vale tudo. Vale não responder às perguntas da Polícia Federal; vale
colocar a Abin para bisbilhotar o ministro do STF, Edson Fachin; vale agredir
ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot; vale tudo para unir forças e
salvar Temer e Aécio. Vale, inclusive, usar a máquina pública para comprar
votos na Câmara Federal e vale trabalhar juntos pelo fim da Operação Lava Jato.
Por Silvio Costa*
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