Por André Campos
e Piero Locatelli, da Repórter Brasil
Rogério Marinho (PSDB-RN)
relator da Reforma Trabalhista
na Câmara dos Deputados
(Foto: Pedro
Ladeira/Folhapress)
|
O relator da
Reforma Trabalhista, deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN), está sendo
investigado em um inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal por seu
envolvimento em uma empresa terceirizada que coagia funcionários demitidos a
renunciar às verbas rescisórias e a devolver a multa do FGTS. Através das
fraudes, segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), a companhia se
apropriou ilegalmente de R$ 338 mil devidos a mais de 150 trabalhadores.
O inquérito 3386
aponta indícios de que o deputado federal mantém sociedade com Francisco das
Chagas de Souza Ribeiro, responsável pela gestão da Preservice Recursos
Humanos. A Preservice é uma tradicional fornecedora de mão de obra terceirizada
– porteiros, faxineiros e cozinheiros – para o poder público em Natal, capital
do estado do relator. A suposta atuação de Rogério Marinho para favorecer o
empresário em licitações é um dos objetos da investigação, que levou a
Procuradoria Geral da República (PGR) a pedir, em 2015, a quebra do sigilo
bancário do deputado.
“Não mantenho
quaisquer vínculos com a empresa Preservice Recursos Humanos Ltda, não
possuindo, portanto, responsabilidades trabalhista e societária relativas a
essa empresa”, afirmou o deputado. Leia
aqui a íntegra da nota de Rogério Marinho em resposta à Repórter Brasil.
Em seu relatório
sobre a reforma, Marinho propõe diminuir o pagamento do FGTS e das verbas
rescisórias, justamente os itens fraudados pela empresa. O deputado também
afirma que o seu trabalho de relatoria “não guarda relação com interesses
específicos defendidos por quaisquer empresas ou grupos empresariais”.
Durante anos, a
Preservice prestou serviços à Secretaria de Educação de Natal. Em data próxima
ao término de um contrato com a secretaria, em 2012, os empregados foram
convocados ao escritório da empresa e avisados de que seriam demitidos. Foi
dito na ocasião que, para serem recontratados por uma das terceirizadas que
passariam a atender o município, eles teriam que devolver o valor
correspondente à multa de 40% do FGTS – o que foi feito por 118 trabalhadores.
Clique
AQUI e continue lendo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário