quarta-feira, 1 de março de 2017

O assunto é carnaval. Eu quero o maior!

A festa de momo em Apodi teve duração de 05 dias, e custarão por baixo, mais de 600 mil reais (media porque ainda não foi divulgada a prestação de contas), dinheiro oriundo diretamente dos cofres públicos.

Tivemos dias de festas, fazendo a alegria de muitos foliões, porém, por falta de planejamento, ano após ano, o dinheiro gasto é sempre exclusivo dos contribuintes, tornando-se já, uma verdadeira festa com o dinheiro público.

Recentemente dito por Thais Galvão em seu blog (http://www.thaisagalvao.com.br/2017/02/28/caico-faz-o-maior-carnaval-de-rua-do-rio-grande-do-norte-em-2017/).

O maior do estado, o carnaval de Caicó tem um formato invejável, que pouco onera os cofres da prefeitura. Basta analisarmos, se lá é o maior, porque não copiarmos o formato? Caicó tem um carnaval quase 100% privatizado, porém, não deixa de ser nenhum pouco acessível a todos. Vamos analisar e comparar um pouco os dois (Apodi/Caicó).

Em Apodi, a folia de rua, o famoso “mela-mela”, é puxado por um trio e bandas pagas com dinheiro público, durante 04 dias apenas, de sábado à terça-feira. Acumulamos aí gastos com aluguel de trio e contratação de bandas, hospedagens e etc. Enquanto isso em Caicó tem 08 dias de folia popular (mela-mela) só no bloco do Magão. Isso mesmo, o bloco do Magão saiu de quarta a quarta fazendo alegria dos foliões. Ah, ainda temos o bloco Treme-Treme, que saiu de quinta à terça, contabilizando 06 dias de festa. Quem arca com essas despesas? O bloco! Ano sim, ano não, recebem uma ajuda simbólica da prefeitura, porém, boa parte da fonte de renda que fazem o bloco sair é sua arrecadação e empresas privadas que apoiam os mesmos. Assim, gastamos menos do dinheiro público.

Já nas festas de palco, Apodi, disponibiliza exclusivamente um único, no Calçadão da Lagoa, onde concentra as principais festas. Enquanto em Caicó, são montados “polos”, verdadeiros circuitos musicais que fornece uma eclética diversidade musical para os foliões. Além do tradicional polo da Ilha, onde ocorrem as festas principais (parte do financiamento é com recurso público). Enquanto em Apodi a Prefeitura arca com todas as despesas, Caicó tem um plano de sustentabilidade de sua festa de momo, tendo bons investimentos de empresas privadas para financiar nomes bons da musica regional. Outro ponto positivo dos polos são a rica programação das bandas locais, valorizando ainda mais o artista da cidade.

E agora o ponto chave e mais criticado, as festa inteiramente privadas. É bem verdade que nem todos poderão assistir a esses shows que ocorrem nos clubes, porém, esses shows, trazem milhares de foliões para a cidade, por que geralmente são bandas de nível nacional, por exemplo: Aviões do Forró. Sem falar que é investimento exclusivo de empresas privadas. Mesmo que a festa seja privada, o movimento da cidade aumenta, fazendo com que toda a rede hoteleira ganhe com a chegada de mais gente, movimentando e atraindo mais gente para as ruas e comércios, bem como para as festas de rua no município.

Talvez a receita do carnaval de Caicó seja mais alta, ou talvez não, mas é um fato que lá é maior e mais organizado, onerando pouco da prefeitura, deixando-a encarregada de fornecer os serviços básicos: Saúde, Segurança e etc. Se queremos Apodi grande, temos que copiar esses exemplos, e fazer muito com pouco, sobrando mais dinheiro nos cofres públicos para investimentos em áreas mais preocupantes.

Nesta mudança de formato, se economizar R$ 300 mil/ano, por exemplo, podemos manter uma Guarda Civil Municipal, ajudando no combate a criminalidade durante todo o ano, e na festa de momo, será um reforço a mais!

São motivos de reflexão, e tais medidas muito contribuirão para o crescimento da cidade, tanto no período de momo, quanto nos outros 360 dias normais. Fica aqui nossa singela contribuição para essa discussão. Entendemos que só tem dois meses de gestão (o prefeito Alan), porém essa nossa contribuição pode ser amadurecida e quem sabe próximo ano, o Carnaval de Apodi seja o maior, gastando pouco!

Por Luís Marinho


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