segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Seca de 5 anos esvazia reservatórios e põe Nordeste em emergência

O Rio Grande do Norte está com 96% do seu território inserido em situação grave, extremo e excepcional.

Dados do Monitor de Secas do Nordeste do Brasil, elaborado pela Funceme (Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos), mostra que a estiagem chegou em setembro ao estágio mais severo dos últimos 12 meses.

“O único registro de cinco anos seguidos de seca nos últimos 100 anos foi entre 1979 e 1983. Mesmo assim, a atual já é pior, pois tivemos menos chuva”, afirma Raul Fritz, meteorologista da Funceme.

Quase 100% do território nordestino enfrenta um cenário de seca, mesmo nas faixas litorâneas, com impactos como perda das lavouras, morte dos rebanhos e esvaziamento dos reservatórios de água.

Maior reservatório do Nordeste, Sobradinho –que fica no rio São Francisco– está com 7,1% de sua capacidade e pode chegar ao volume morto até o final deste ano. No Ceará, o Castanhão, reservatório que abastece Fortaleza, chegou a 5% da capacidade.

Barragens de pequeno e médio porte também secaram. O resultado são 280 cidades de seis Estados enfrentando racionamento ou em colapso no abastecimento.

O cenário mais grave é o da Paraíba, onde 118 cidades estão com problemas no abastecimento. Destas, 30 cidades estão em colapso e dependem de poços ou carros-pipa.

O Ministério da Integração Nacional atualmente atende a 824 municípios em área de seca com carros-pipa, ao custo de R$ 86,8 milhões por mês.

Um comentário:

Marcos pinto disse...


Nasce daí a necessidade do Sr. Prefeito municipal de Apodi encaminhar para a Câmara Municipal uma norma administrativa estabelecendo um MARCO REGULATÓRIO para controlar a exploração do nosso rico lençol freático,que já tem demonstrado baixa em seu nível. A continuar o consumo desenfreado do nosso manancial por Empresas agrícolas, e abastecimento via carros-pipas para outras cidades da região Oeste, sem um MARCO REGULATÓRIO e cobrança de Royalties sobre o consumo da água, em pouco tempo teremos a falência do nosso potencial hídrico. O problema é grave e requer celeridade na adoção de medidas controladoras para o consumo do nosso precioso líquido. Tenho dito.