A
Polícia Federal deflagrou hoje (23), a OPERAÇÃO MARLIN visando coletar provas
da prática criminosa de corrupção e lavagem de dinheiro atribuída a um
funcionário do Ministério da Agricultura em Natal.
A
investigação teve início há dois anos após uma tentativa frustrada de se
exportar pescado para a Espanha, pois como a mercadoria seguiu para o destino
final sem a devida emissão do certificado internacional por parte do Ministério
da Agricultura, não houve a liberação alfandegária na Europa e, por esse
motivo, a carga retornou ao Brasil, oportunidade em que foi inspecionada pelo
IBAMA.
A
partir dessa inspeção, resultaram diversos autos de infração, uma vez que foi
constatada a presença de pescados cuja comercialização é proibida, dentre os
quais, o “agulhão negro”, daí resultando o nome da operação.
Durante
as investigações surgiram fortes indícios de que a saída ilícita do que estava
sendo exportado contou com a intermediação do servidor suspeito, o qual passou
a ser investigado pela Polícia Federal.
Ao
longo do inquérito, foram identificados, também, repasses financeiros em favor
do investigado efetuados por diversas empresas, algumas, inclusive, sob
fiscalização do Ministério da Agricultura. Além disso, surgiram evidências da
incompatibilidade do patrimônio do investigado com os seus rendimentos mensais,
bem como, a existência de patrimônio oculto, o que configura lavagem de
capital.
Cerca
de 32 policiais federais estão cumprindo oito mandados judiciais de busca e
apreensão em residências, propriedades rurais e empresas, nas cidades de Natal
e Macaíba, na Região Metropolitana.
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