segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Educação em tempos de crise

Com a crise econômica atual, a arrecadação dos Estados e municípios está declinando rapidamente. Como os gastos com educação estão diretamente ligados à arrecadação de impostos, a tendência é que eles também diminuam ou pelo menos parem de crescer em 2016. Será que isso vai afetar o aprendizado dos alunos? O que os prefeitos deveriam fazer para melhorar a qualidade da educação em tempos de crise econômica?

Os Estados e municípios têm que gastar 25% de suas receitas com educação e o governo federal 18%. Assim, se as transferências e a arrecadação de impostos caem, os gastos obrigatórios com educação também deveriam diminuir automaticamente. Porém, os gastos com professores, que representam grande parte dos gastos com educação, não podem diminuir em termos nominais (apenas reais). Além disso, o piso salarial aumentou 11% em 2016, passando para R$ 2.135. Assim, os gastos com educação devem diminuir bem menos do que a arrecadação. Mas, certamente vão parar de crescer aceleradamente, como ocorreu até 2014. Será que essa pausa nos gastos terá impacto na qualidade do ensino?

Não necessariamente. Na verdade, várias pesquisas mostram que não há relação automática entre gastos com educação e aprendizado. A instituição do piso salarial, por exemplo, não provocou aumento de aprendizado. Os recursos dos royalties do petróleo também não levaram a uma melhora do ensino nos municípios que mais se beneficiaram. A verdade é que há bastante desperdício na forma como os recursos educacionais são utilizados. Muitas vezes os recursos ficam parados nas escolas, que não sabem como gastá-los.

A sociedade está disposta a ajudar o setor público, desde que os gestores demonstrem coragem para mudar. Clique AQUI e continue lendo.

Por Josivan Barbosa

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