quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

NOTA DE ESCLARECIMENTO: CRAS/Soledade não fechou

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social vem por meio deste comunicar a toda a sociedade apodiense que o Centro de Referência de Assistência Social de Soledade – CRAS/Soledade não fechou, mas que a Unidade está passando por processo de mudanças conforme orientado pelo Ministério de Desenvolvimento Social.

A priori, para quem não conhece a Política Nacional de Assistência Social e as suas prerrogativas operacionais pode achar que o CRAS é uma instituição que pode funcionar em qualquer lugar e em qualquer espaço. No entanto, existem normativas que direcionam desde a sua implantação até a estrutura física que dita os espaços que deve conter em uma UNIDADE DE CRAS são: 1 Recepção (12m²); 1 Sala de atendimento (12m² / Capacidade para 10 pessoas); 1 Sala de uso coletivo (35m² / Capacidade para 30 pessoas); 1 Sala administrativa (20m²); 1 copa (5m²); 1 conjunto de banheiros. Salientando ainda que conforme recomendação todos os ambientes do CRAS sejam promovidos de adequada iluminação, ventilação, conservação, privacidade, salubridade e limpeza.

Um outro ponto que motivou essas inquietações foi o fato da implantação do CRAS de Soledade não ter respeitado as normativas do MDS para a sua implementação. O processo de implantação desta unidade não pode acontecer de forma aleatória e se baseando em “achismos”, é uma ação que deve ser pautada em seriedade e deve ser precedida de: Diagnóstico socioterritorial, identificação das necessidades de serviços, as condições físicas, institucionais, materiais, dentre outras. Não se pode simplesmente elencar território tal como vulnerável, é necessário ir mais além. Uma coisa é se dizer “eu acho que comunidade tal é vulnerável” e outra coisa é dizer que “o diagnóstico apontou que a comunidade “Y” apresentou um grande índice de vulnerabilidade “X”. Deve-se construir um trabalho não pautado em achismos, mas em concretudes, em embasamentos documentais, e só o diagnóstico é o que nos concede essas informações.

Paralelo a isso, vem também a questão da TERRITORIALIZAÇÃO. É importante que o CRAS seja em uma área vulneral? Sim. Mas isso não deve ser o único e nem o principal fator a ser levado em consideração. “A implantação do CRAS é uma estratégia de descentralização e hierarquização de serviços de assistência social e, portanto, elemento essencial do processo de planejamento territorial e da política de assistência social do município. Deve-se prever a gradual cobertura, de todos os territórios vulneráveis existentes” (PLANO DECENAS SUAS-10). Nos Municípios de pequeno porte I e II, o CRAS pode localizar-se em áreas centrais, ou seja, áreas de maior convergência da população, sempre que isso representar acesso mais facilitado para famílias vulneráveis, das áreas urbanas e rurais (Orientações técnicas: Centro de Referência de Assistência Social, 2009).

A partir das discussões da equipe de Vigilância Socioassistencial, que partiram das orientações do MDS, tomando como base o diagnóstico socioterritorial, foi percebido que a TERRITORIALIZAÇÃO dos CRAS estavam gerando prejuízos para a sociedade. Atualmente temos um CRAS URBANO que responde por toda a demanda da zona urbana e de três regiões rurais (Pedra, Areia e Vale), enquanto o CRAS de Soledade compreende a região da Chapada. Salienta-se ainda que, mesmo tendo como Unidade de referência o CRAS de Soledade, as famílias que residem na região da Chapada em comunidades que não perpassam Soledade (Góis, Frei Damião, Canto de Vara, dentre outras) quando necessitam de algum atendimento socioassistencial optam pela Unidade da Zona Urbana, alegando maior facilidade em relação ao acesso (transporte).

Frente ao exposto e buscando possibilitar um atendimento cada vez mais amplo e qualificado, a secretaria vem dialogando com comunidades rurais das quatro regiões, onde serão assistidas e referenciadas pelas equipes volantes, tendo como pontos de apoio e parceiros as associações e seus líderes comunitários.

A comunidade de Soledade continuará sendo assistida pela Assistência Social com os encontros de PAIF, SCFV, atendimentos Psicossociais, entre outros. Não haverá prejuízos à comunidade. O que está se buscando com isso é a ampliação e a oferta dos serviços para as quatros regiões de Apodi. Desta forma, a nova territorialização que se delineia parte da seguinte divisão: CRAS I (Zona urbana, região da pedra e região do Vale), CRAS II (Zona urbana, região da Areia e Chapada).

Para maiores esclarecimentos me coloco a inteira disposição.
Atenciosamente: Aloma Tereza Cavalcante Nogueira

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