A menos de um ano para as
eleições municipais, o desejo de muitos prefeitos era estar com canteiros de
obras a pleno vapor para as inaugurações em 2016. Mas a crise econômica atingiu
em cheio esses planos e nas grandes cidades, que, em tese, seriam menos
vulneráveis à recessão, já é possível constatar que os investimentos
despencaram até 90% este ano. O pouco recurso disponível em caixa está sendo
canalizado para despesas obrigatórias como a folha salarial, e algumas capitais
admitem que deverão fechar o ano com déficit. (Infográfico: situação fiscal das
capitais)
Relatórios entregues pelos
prefeitos das capitais ao Tesouro Nacional no início deste mês revelam que 14
das 22 prefeituras que apresentaram seus balancetes fiscais investiram menos
este ano do que em 2014. As maiores quedas ocorreram em Natal (89,8%), Curitiba
(63,7%) e Vitória (46,4%). A prefeitura do Rio é exceção e está no grupo das
que ampliaram o ritmo, apesar do cenário econômico, graças à Rio-2016.
A desaceleração atingiu
prefeituras de todos os portes. Na capital potiguar, o prefeito e candidato à
reeleição Carlos Eduardo (PDT) aplicou até outubro R$ 35 milhões em investimentos
— 10% do valor de 2014. Os números se repetem na Curitiba do prefeito Gustavo
Fruet (PDT), também no primeiro mandato. Em Belo Horizonte, Marcio Lacerda
(PSB) aplicou em obras e compras de equipamentos, até outubro, R$ 491 milhões
contra R$ 846 milhões no mesmo período do ano passado.
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