A prisão neste sábado (25) do
ex-governador do Rio Grande do Norte Fernando Freire, no Rio de Janeiro,
acusado pelo Ministério Público Estadual (MP), de ter comandado, de 1995 a
2002, enquanto estava no exercício dos cargos de vice-governador e governador
do RN, um esquema de desvio de recursos do erário estadual – o MP indicou que
houve concessão fraudulenta de gratificação de gabinete em nome de diversas
pessoas – não deve servir apenas e unicamente como bode expiatório.
Sabe-se que no Rio Grande do
Norte nos últimos governos a corrupção foi algo que virou notícia frequente nas
páginas de jornais, telejornais, portais, blogs e redes sociais. Prender
Fernando Freire e deixar que as gavetas tomem conta dos processos que envolvem
outros políticos, é uma ação que ao gosto do freguês é apenas pra inglês ver. O
MP precisa dar celeridade a outros processos para mostrar que nunca na história
deste estado, um ex-governador ou ex-governadores (as) foram ver o sol nascer
quadrado, como parece vai ocorrer agora.
É preciso mostrar a sociedade
que Fernando Freire não pode e não deve servir apenas como bode expiatório. O
erário público estadual foi surrupiado nos últimos anos e como resultado disso
temos aí situações críticas nos serviços públicos como Segurança, Saúde e Educação
que o atual governo está tentando resolver.
Mas é preciso, repito, o MP
ser mais ágil. Cobrar do atual governo a solução por problemas gerados em
gestões passadas e não punir quem deixou a situação ficar do jeito que está não
adianta. Aliás, a Justiça neste caso também deve ser cobrada. Os processos
contra mal gestores adormecem nas gavetas ou emperram. Forças ocultas estariam
agindo?, indagaria o leitor.
Fato é que o país está mudando
e o Rio Grande do Norte precisa acompanhar estas mudanças. Querem um exemplo do
que ocorre no Brasil? Basta citar os empreiteiros que foram presos na Operação
Lava-Jato e, claro, alguns políticos que devem pagar pelo rombo deixado nos
cofres da Petrobras. Isso, obviamente, o Supremo Tribunal Federal deverá
cuidar. Espera-se!
Portanto, no caso do Rio
Grande do Norte, que a prisão do ex-governador Fernando Freire seja exemplo, e
que ele não sirva única e exclusivamente como bode expiatório, quando as
torcidas do América e ABC juntas sabem perfeitamente que o estado está quebrado
devido a ter sido dilapidado nas últimas décadas.
O resto, bom, o resto é
conversa pra boi dormir!
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