Os quase 100 internos do Centro de Detenção Provisória de
Apodi (CDP) participaram de uma palestra proferida pelo pastor Laércio Carmo
Oliveira, titular da Igreja Universal do Reino de Deus, unidade de Apodi.
Durante a palestra foi distribuído de forma gratuita,
dezenas de livros “A Última Pedra”, de autoria do bispo Rogério
Formigoni. A obra conta a história de um jovem que durante muitos anos
foi refém do espírito do vício e chegou a se perder no crack. Entre as drogas
que circulam no País, o crack é considerado o mais destrutivo. Seu poder de
devastação na vida do usuário é tão grande que, para você ter uma idéia, a cada
três dependentes dele, um morre após usá-lo continuamente por cerca de cinco
anos.
A palestra do pastor foi acompanhada também pelo diretor
do CDP Apodi, agente Marcio Morais e pelos agentes penitenciários Kaio Cesar e
Wantier Góis. O pastor Laércio Carmo Oliveira, mostrou os efeitos destrutivos
das drogas na vida e nas famílias, após a palestra aconteceu cânticos e
orações.
O Centro de Detenção Provisória de Apodi é um dos poucos
existentes no Brasil que não é permitido à entrada de cigarros. O diretor da
unidade, agente Marcio Morais, através de um trabalho educativo e a realização
de varias palestra sobre o tabagismo, conseguiu cortar tabaco dos detentos.
“O CDP Apodi está servindo de exemplo para muitos
estabelecimentos prisionais do estado e até do país, mostramos o mau que o
tabagismo faz na vida das pessoas, antes aqui tinha preso que chagava a fumar
20 carteiras de cigarro por semana, hoje isso não acontece mais”, comemora
Márcio Morais.
Os agentes penitenciários informaram que antes toda
semana levava preso para o hospital Regional Helio Morais Marinho em Apodi, com
problemas de falta de ar, causado pela fumaça, o cigarro foi cortado, servindo
para cuidar da saúde dos detentos e servidores que atuam na unidade prisional.
Segundo o diretor Marcio Morais, para conseguir tirar o
cigarro de dentro das celas, buscamos apoio junto às igrejas evangélicas da
cidade e parcerias com a Secretaria Municipal de saúde da cidade e promoveram a
conscientização dos detentos com diversas palestras alertando sobre os males do
cigarro.
“O projeto foi muito bem aceito pelos detentos que
aderiram à causa e, atualmente, não consomem mais cigarro no interior da
prisão. Com isso, vários benefícios foram conquistados. Os detentos e também
funcionários não têm a saúde prejudicada pelo tabaco, além de aumentar a
segurança do presídio, pois sem cigarro fica também proibida a entrada de
fogo”, concluiu Morais.
Diariamente acontecem cultos no CDP Apodi e todos os
evangélicos que pregam na unidade fazem questão de mostrar que os detentos
podem viver sem o cigarro.
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