terça-feira, 26 de maio de 2015

Encontro reunirá 200 mulheres de Apodi para discutir saúde e território

No dia 30 de maio, o encontro Mulher, Saúde e Território reunirá cerca de 200 mulheres das comunidades rurais de Apodi com o tema “trabalhadoras rurais em defesa da vida e contra o agronegócio” com o objetivo de discutir sobre os impactos do agronegócio na saúde e nos territórios das mulheres. O encontro acontecerá a partir das 8h no auditório do Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais – STTR de Apodi.

A parte da manhã será dedicada aos movimentos e organização das mulheres e de seus grupos rumo à 4ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres que, este ano, ocorre em todo o território nacional, finalizando com ações no Ceará, Apodi e Mossoró em outubro com o tema: Corpos e Territórios: Resistências e Alternativas.

Acontecerá ainda pela manhã, o lançamento oficial da Marcha das Margaridas, marcha que reunirá mulheres camponesas de todo o Brasil em Brasília entre 11 e 12 de agosto, lutando para fazer o Brasil avançar no combate à pobreza, no enfrentamento à violência contra as mulheres, na defesa da soberania alimentar e nutricional e na construção de uma sociedade sem preconceitos de gênero, de cor, de raça e de etnia, sem homofobia e sem intolerância religiosa. Seguimos denunciando, reivindicando, propondo e negociando ações e políticas públicas, que contribuam na construção de um “Desenvolvimento Sustentável com Democracia, Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade”.

A tarde será dedicada à mesa com a representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Lourdes Vicente, que apresentará os resultados da sua pesquisa de mestrado, intitulada “Gritos, silêncios e sementes: As repercussões do processo de des-re-territorialização empreendido pela modernização agrícola sobre o ambiente, o trabalho e a saúde das mulheres camponesas na Chapada do Apodi/CE”. A dissertação de Lourdes apontou para a diversidade de experiências que são desenvolvidas pelas mulheres da Chapada do Apodi mostrando que aquele não é apenas o território do agronegócio, mas um território onde ainda existe resistência.

Ivone Brilhante, da Marcha Mundial das Mulheres e do STTR Apodi fala que: “o momento será de animar, organizar e formar a mulherada pra fortalecer as lutas de todo dia pela agroecologia e igualdade, contra as opressões e invasões de nossas vidas e nossos territórios”.

Fonte: Blog do CF8

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