Na última
quinta-feira, 17, visitamos os canteiros de obras do Projeto de Irrigação Santa
Cruz do Apodi. As obras estão adiantadas e há uma grande quantidade de máquinas
pesadas em toda a extensão do projeto, desde o Sítio São Lourencinho, onde é
feita a captação de água a partir do leito do Rio Apodi-Mossoró, até as
proximidades do Sítio do Góis na Chapada do Apodi. Para a captação da água foi
construído no leito do Rio uma parede de concreto que reduziu o fluxo de água
no leito do rio e um canal derivado do rio até a central de bombeamento que
está localizada a cerca de 300 m do leito do rio.
Diferentemente
de outros canais de irrigação existentes no Semiárido, como o DIJA (Distrito
Irrigado Jaguaribe-Apodi), DISTAB (Distrito Irrigado Tabuleiro de Russas), DIBA
(Distrito Irrigado Baixo-Açu), o PISA (Projeto de Irrigação Santa Cruz do
Apodi) possui um dique de proteção em toda a sua extensão, o qual em função da
pedra calcárea, tem sido de difícil execução.
A central de bombeamento está em construção e foi iniciada a impermeabilização do canal, o qual se encontra em diferentes fases ao longo do projeto. Umas das grandes dificuldades na construção do canal é a camada de pedra calcárea muito rasa. Em alguns trechos do canal, o calcário aflora.
A demarcação
dos lotes e a construção de cercas com estacas de alvenaria em todo o perímetro
do projeto estão avançadas. O projeto é caracterizado por solos homogêneos em
toda a sua extensão e boa fertilidade.
Houve necessidade
de indenização de terras da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do
Norte (EMPARN), Base de Pesquisa da Chapada do Apodi que teve a sua extensão de
terras reduzida de 250 ha para cerca de 150 ha.
Umas das
grandes vantagens do projeto é a topografia plana em toda a sua extensão e a
proximidade dos lotes com a BR 405, o que facilitará o escoamento da produção.
Em função da baixa permeabilidade dos solos do projeto, há necessidade de
pavimentação das estradas vicinais, pois chuvas de baixa precipitação já são
suficientes para dificultar o tráfego de veículos pesados.
Por Josivan Barbosa
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