sábado, 1 de março de 2014

Eduardo Campos exige candidatura de Wilma, “jogo” no RN pode ser zerado e campanha nacionalizada

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pré-candidato a presidente da República pelo PSB, voltou a insistir com a vice-prefeita de Natal Wilma de Faria para ela ser candidata ao Governo do Rio Grande do Norte. O desejo de Campos é buscar um palanque próprio em solo potiguar.

No entanto, a vontade (quase exigência) do líder nacional do PSB, caso seja atendida por Wilma de Faria, poderá colocá-la em uma situação extremamente delicada no cenário local. Afinal, a vice-prefeita de Natal seria candidata ao Executivo em que composição? Isolada apenas com o PSB? Quem a líder local peessebista conseguiria agregar no palanque?

Eduardo Campos conseguindo nacionalizar a campanha no Rio Grande do Norte, o cenário sofrerá grandes alterações. E nesse novo posto de Wilma de Faria candidata por exigência do líder nacional do PSB, a tendência é o PMDB nacionalizar também, promovendo uma aliança com todos os partidos da base da presidente Dilma Rousseff.

JOGO ZERADO
Com a nacionalização da campanha no Rio Grande do Norte, Wilma de Faria seria candidata ao Governo, no outro palanque estaria fechada a aliança também nacionalizada de Henrique Eduardo Alves (PMDB), Garibaldi Filho (PMDB), Carlos Eduardo (PDT), Robinson Faria (PSD) e Fátima Bezerra (PT). E nesta nova fotografia, o candidato ao Governo poderia vir do PMDB (Henrique Eduardo Alves ou Garibaldi Filho) ou o próprio Robinson Faria do PSD, levando, naturalmente, Fátima Bezerra a disputar o Senado com o palanque da base integral da presidente Dilma, como sonha o PT.

Na prática, ao tentar impor a Wilma a candidatura ao Executivo potiguar, Campos a coloca como “vítima” da estratégia do próprio líder nacional do PSB de tão apenas focar no seu palanque nacional.

IMPLICAÇÕES NACIONAIS
A nacionalização da campanha, com Wilma de Faria candidata ao Governo, levando o nome de Eduardo Campos, e o bloco do PSD, PT, PMDB, PR e PDT, lançando um nome para o Executivo, traria também outra forte implicação: o PT nacional, que deseja fazer Fátima Bezerra senadora, estaria mais simpático a ideia e ao projeto do deputado federal Henrique Eduardo Alves ser reeleito presidente da Câmara dos Deputados.

O fato concreto, neste momento, é que se Wilma de Faria se alçar ao Governo, como exige Campos, o jogo político para montar o cenário eleitoral no Rio Grande do Norte sofrerá grande alteração, levando a implicações locais e nacionais.

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