sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Governadora do DEM entra 2014 na berlinda

No próximo dia 3 dar-se o fim do recesso forense no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Certamente uma dor de cabeça a mais para a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM), que já convive com inúmeros problemas para administrar o estado. O último, a representação do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas para investigar as contas do governo e, sobretudo, o atraso no pagamento do funcionalismo públicos estadual nos últimos meses de 2013.

Fato é que após o recesso do TSE, o mérito da liminar concedida pela ministra Laurita Vaz no dia 12 de dezembro suspendendo a decisão do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) que afastou a governadora do cargo acusada de abuso de poder político e econômico na eleição municipal de Mossoró (RN), sua terra natal, deverá entrar na pauta. Rosalba Ciarlini, por enquanto, governa o estado sob efeito de liminar.

Conversando com um amigo outro dia ele me disse não acreditar no afastamento de Rosalba, mas sim na sua inelegibilidade. Neste caso a governadora estaria impedida de concorrer a reeleição em outubro. Segundo esse amigo, a decisão deverá caber ao TRE, acrescentando que a proposta de afastamento da governadora do cargo por parte da corte local foi mais uma questão de represália em função do imbróglio criado com a Justiça envolvendo o orçamento para este ano. O que concordei com ele.

Agora, pra engrossar ainda mais o caldo, surge essa decisão do MP de Contas. Ou seja, o órgão quer investigar as razões do atraso da folha de pagamento dos servidores, nos meses de setembro a dezembro; se as medidas previstas no ordenamento jurídico foram adotadas pelo estado, a fim de evitar o atraso; verificar o exato valor da frustração de receitas no período anterior ao decreto que projetou a queda de 10,74% nas contas do estado; averiguar o motivo pelo qual a reserva de contingência não foi suficiente para manter o equilíbrio das finanças públicas; verificar se houve pagamento de despesas irregularmente formalizadas em exercícios anteriores com recursos do orçamento atual; apurar ocorrência de antecipação de receitas sem observância da LRF; quantificar o endividamento do estado; apurar o impacto da opção de construção da Arena das Dunas via Parceria Público-Privada no endividamento do estado.

Nenhum comentário: