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Cerca de 25% dos professores do Estados
estão afastados da salada de aula
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A secretária estadual de Educação, Betânia Ramalho
trouxe, hoje (09), à Assembleia Legislativa um projeto de Lei que solicita a
contratação imediata de professores temporários. A justificativa do Governo do
Estado é o grande número de profissionais que estão fora das salas de aula -
892 professores -, afastados entre os meses de janeiro e março deste ano.
Segundo Betânia Ramalho, entre as principais razões das ausências estão
licenças maternidade e tratamentos médicos.
O presidente do Legislativo Potiguar, o deputado Ricardo
Motta (PMN) convocou reunião de líderes para amanhã, para decidirem sobre a
tramitação da matéria. Os deputados solicitaram detalhamento dos dados sobre os
afastamentos e a secretária ficou de enviar ainda hoje.
A promotora da rede estadual de Educação, Carla Campos
Amico acompanhou a reunião, na manhã de hoje, e informou que essas vagas não
podem ser preenchidas por professores concursados, pois, o cargo já está
ocupado. “Na verdade, o professor está apenas afastado, mas o cargo tem uma
pessoa fixa. O contrato temporário é para resolver esses problemas dos
afastamentos”, declarou a promotora.
Carla Campos disse, ainda, que esses profissionais terão
seus contratos regulamentados e serão escolhidos a através de um processo
seletivo simplificado. Com relação aos pagamentos, a promotora explicou que
receberão a remuneração básica do piso e irão trabalhar a mesma carga horária
do professor que estiver afastado.
AFASTAMENTOS
A secretária de Educação declarou que cerca de 25% dos
professores do Estado estão afastados das escolas. “De janeiro a março, foram
892 pedidos de licença. Caso esse problema não seja resolvido, esse número pode
chegar a 3 mil até o final de 2013, tendo em vista que esses servidores podem
ficar afastados até dois anos”, declarou.
Questionada pelos deputados sobre o critério para o
afastamento, a promotora informou que os professores passam pela junta médica.
“Nós fazemos também um cruzamento de dados para saber se esses servidores
também atuam na rede privada e se também pediram licença nas outras escolas em
que atuam”, afirmou.