Zito no quintal de casa (PA Milagres)
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Ivone Brilhante - Caprinocultura (Sítio do
Góis)
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Zé Holanda – Polpas de frutas (PA Moacir Lucena)
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Conhecer as experiências de grupos
produtivos baseados no modelo da agricultura familiar e denunciar a
desterritorialização provocada pela invasão do agronegócio. É com essa
perspectiva que tem início nesta quarta-feira, 23, a Caravana Agroecológica e
Cultural de Apodi. De 23 a 26 de outubro, os mais de 200 participantes
representantes de todo o país terão a oportunidade de conhecer o que se produz
nas férteis terras do Semiárido Nordestino pelas mãos de homens e mulheres que
vivem da produção limpa e sustentável, além de visualizar as experiências como
a agricultura irrigada, bioágua, economia
solidária e o perímetro irrigado Jaguaribe-Apodi.
O grupo será dividido em subgrupos, que por
sua vez, irão compor “rotas”. Serão cinco rotas que vão passar por cidades como
Assú, Olho D’água do Borges, Campo Grande,
Tibau, Grossos, Mossoró e Limoeiro do Norte (CE). “Através dessas rotas,
os grupos vão visitar comunidades em várias cidades e conhecer essas
experiências agroecológicas”, explica a coordenadora do Centro Feminista 8 de
Março, Conceição Dantas.
A abertura será às 19h, nesta quarta-feira,
no Centro de Treinamento Seminário Santa Terezinha, em Mossoró. A mesa de
abertura será composta por: Francisca Eliane (Rede Xique-Xique e Marcha Mundial
das Mulheres), Edilson Neto (Sindicato das Trabalhadoras e dos Trabalhadores de
Apodi) e Dênis Monteiro (Secretário Executivo da Articulação
Nacional de Agroecologia - ANA).
Na ocasião também haverá apresentação da
Cia Escarcéu de Teatro com o espetáculo “Terra” que aborda a temática da
resistência camponesa na Chapada do Apodi e show com o cantor Alan
Barbosa.
Além de pautar a agroecologia, a Caravana
também denuncia a ameaça do projeto do Perímetro Irrigado da Chapada do Apodi,
obra do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) que pretende
desapropriar mais de 13 mil hectares onde vivem e produzem agroecologicamente
cerca de 800 famílias.
No dia 26 de outubro, último dia da
Caravana, são esperadas duas mil pessoas para realizar um ato em solidariedade
à luta da Chapada, com saída do centro de Apodi. “Pra nós, essa Caravana vem
contribuir muito para a troca de conhecimentos sobre a agricultura familiar e
também para dar força às nossas lutas pelas nossas terras e pelo direito de
viver e plantar nelas”, destaca a agricultora Francisca Antônia de Lima,
moradora do P.A Laje do Meio/ Apodi que deve receber a Caravana na próxima sexta-feira.
Um comentário:
Boas idéias como esta fazem cada vez mais nosso povo se liberar das algemas políticas.
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