segunda-feira, 26 de agosto de 2013

População de Apodi apoia reivindicações em troca da instalação da adutora Santa Cruz Mossoró em solo apodiense

A atitude do prefeito Flaviano Monteiro de interditar as obras da adutora Santa Cruz Mossoró, que estava cortando a cidade de Apodi para assentamento da tubulação, foi amplamente apoiada pelos apodienses que se mostravam indignados com a falta de respeito ao município que sequer foi comunicado oficialmente pela empresa responsável ou a Caern.

As obras que estavam esburacando a cidade e provocando congestionamentos no trânsito, foram paralisadas desde quinta-feira, quando o prefeito esteve no local para conversar com os responsáveis pelo projeto e solicitar a apresentação de autorização e do projeto técnico, atendendo reivindicações da população e dos vereadores que enviaram ofício pedindo embargo da obra.

Não houve necessidade de ação judicial porque o pedido de paralisação da obra, feito pelo prefeito em visita ao local, foi atendido pela empresa responsável, a Hidroconsult e a Caern, que enviaram representantes para conversar com  Flaviano e justificar os transtornos causados à população, sem que houvesse solicitado autorização à prefeitura.

“Entendemos que a água é um bem público, mas não podemos permitir o avanço dessa adutora sem que o problema de abastecimento da nossa cidade seja resolvido, porque temos bairros em que os filhos de Apodi precisam comprar água, devido à irregularidade do abastecimento. É uma questão de justiça com os apodienses”, explicou o prefeito durante a reunião com Clóvis Veloso, da Caern e Carlos Gileno, engenheiro da Hidroconsult.

Durante a reunião, o prefeito e o vice-prefeito, em comum acordo com os vereadores, que foram representados pelo vereador Genivan Varela, colocaram como condição para o avanço e conclusão da obra, cinco reivindicações que foram protocaladas em ofício enviado aos responsáveis pela obra à governadora Rosalba Ciarlini.

As reivindicações são: os 30% de saneamento básico, prometidos pela Caern; a Adutora para região da Pedra; a autorização para implantação do Campus Avançado da UERN; solução para o abastecimento de água de Apodi; e a conclusão do Complexo Turístico da Barragem de Santa Cruz. “São problemas locais que já poderiam ter sido resolvidos e por uma questão de justiça e respeito com Apodi, só levarão nossa água se nos atendermos”, enfatiza Flaviano.

Em visita a Apodi no final de semana, o deputado estadual Getúlio rego, em entrevista ao programa Apodi Terra Querida deu total apoio às reivindicações do prefeito e se comprometeu, junto com o secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Leonardo rego, de interceder junto ao governo para liberação adutora da região da Pedra. Com relação ao Campus da UERN o deputado esteve em todas as audiências sobre a reivindicação e continua firme no apoio à luta dos apodienses.

Fonte: NCM/Apodi

5 comentários:

Anônimo disse...

FEDERALIZAR OU NÃO FEDERALIZAR A UERN?

Em momentos de crise, fala-se que a criatividade é, em geral, aguçada. Mas, em se tratando da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, a crise levanta, sim, um assunto complexo, delicado e, acima de tudo, polêmico: a federalização da Uern.

Nos intramuros da instituição, o tema é visto com sérias restrições entre docentes e técnicos-administrativos. Apenas setores do alunado é que entendem a federalização como algo positivo. Vou mais além: chegam a dizer que a iniciativa tende a se configurar como a verdadeira salvação da Uern. Nem tanto e nem tão pouco.

Quando se fala em federalização da única instituição pública de ensino superior de responsabilidade do Governo do Estado, a impressão que se dá é que aqueles que deveriam zelar e, principalmente, trabalhar pelo fortalecimento da universidade, querem mesmo é se livrar da responsabilidade para com a Uern.

O que deve estar, sim, na pauta do dia da classe política mossoroense e, por que não, do Rio Grande do Norte, é a autonomia financeira para a instituição. Algo sonhado por muitos reitores, discutido inúmeras vezes, mas que não obteve qualquer avanço. A instituição permanece na ‘pindaíba’, o que é lamentável para uma universidade que representa a realização do sonho de muitos jovens de baixa renda de ingressar no curso superior.

Ainda lançando luz à classe política mossoroense e do Rio Grande do Norte, os nossos representantes são devedores, e muito, da Uern. Com raras exceções, e cito a deputada federal Sandra Rosado que, anualmente, inclui recursos para a universidade no Orçamento Geral da União, os demais representantes políticos praticamente ignoram a Uern, a não ser em questões que, mais adiante, renderão frutos eleitoreiros.

Na visão da coluna, a federalização não é, e muito dificilmente será, a solução para a Uern. O caminho adotado deve ser outro. Um pacto envolvendo os representantes de Mossoró, especialmente na Assembleia Legislativa e Câmara Federal, em favor da Uern. Um bom começo seria exatamente a inclusão de emendas coletivas, por exemplo. A Câmara Municipal de Mossoró que, diga-se de passagem, sempre foi muito distante da Uern, também poderia adotar atitude semelhante e contribuir de alguma forma com a universidade.

Anônimo disse...

CAMPUS DE APODI

O compromisso de congressistas e deputados estaduais, além do parlamento mossoroense, em alocar recursos para a Uern possibilitará, entre outras coisas, a criação do Campus de Apodi, luta e sonho do valente povo apodiense, mas que está emperrado na falta de recurso. Este artigo de abertura tem, acima de tudo, a finalidade de levantar a reflexão sobre a própria universidade e sua federalização, mas também certo alerta à classe política que, ao invés de criar um problema, que seria o moroso e traumático processo de federalização, passe a olhar com carinho e apreço a querida instituição enraizada em Mossoró, mas que está presente em praticamente todas as regiões do Estado. É isso!

Anônimo disse...

“Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado”, já dizia Roberto Shinyashiki

Anônimo disse...

Antigamente, o pessoal vinha, fazia o que bem entender e iam embora. Essa paralisação da adutora é uma forma de dizer que aqui tem dono!

Anônimo disse...

Parabéns pela atitude. Temos reivindicações e esperamos que elas sejam atendidas. É simples, assim. Chega de levar e nada trazer.