quinta-feira, 25 de julho de 2013

MST e Agricultor​es ocupam terras do perímetro irrigado na Chapada do Apodi


Desde à noite de ontem, 24 de julho, por volta das 22h, o Movimento dos Sem Terras e o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi junto aos agricultores da região de Apodi ocupam terras que fazem parte dos lotes desapropriados para o Perímetro Irrigado do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS) na Chapada. A ocupação foi feita com o objetivo de resistir contra o projeto do DNOCS que consiste em desocupar as áreas dos trabalhadores rurais que produzem agricultura familiar para que a administração desta área seja feita por cinco empresas do agronegócio.

A região da Chapada do Apodi/RN vem se consolidando como uma das experiências mais exitosas de produção de alimentos de forma agroecológica e familiar do nordeste, destacando o arroz, frutas, criação de caprinos, ovinos e bovinos, projetos de piscicultura, além do mel de abelha, maior produtora de maneira orgânica do país. Desta forma, O projeto de irrigação configura-se em uma reforma-agrária ao contrário: “estão tirando as terras dos trabalhadores e trabalhadoras do campo pra dar pro agronegócio. Então vamos ocupar e resistir pela Chapada do Apodi”, é o que diz Damiana (MST, Carnaubais).


Cerca de 200 pessoas estiveram na ocupação: homens, mulheres e crianças. Dentre as associações dos assentamentos da Chapada do Apodi na resistência junto ao MST estiveram: Laje do Meio, Nova Descoberta, Milagres, Santa Cruz, Bamburral e Sítio do Góis.

A medida de ocupação pelo MST foi apoiada por diversas instituições e movimentos sociais como Marcha Mundial de Mulheres, CPT, Terra Viva, ASA, CUT, Coopervida. Na BR 405 impediram o fluxo de transportes a fim de dizer não ao projeto do DNOCS nas terras da Chapada. A intervenção na BR 405 fez parte do ato do Dia do trabalhador e trabalhadora rural. Para o secretário do STTR Apodi, Agnaldo Fernandes, os movimentos pretendem chegar ao diálogo e numa resolução para que os homens e mulheres do campo possam continuar em suas terras produzindo agricultura familiar.

Eu vi na Rádio Vale do Apodi que viu no blog Centro Feminista 8 de Março. Fotos: Jerlândio Moreira

Nenhum comentário: