A procissão pelas
vias públicas, quando é feita, atende a uma recomendação do Código de Direito
Canônico (cân. 944) que determina ao Bispo diocesano que a providencie, onde
for possível, “para testemunhar publicamente a adoração e a veneração para com
a Santíssima Eucaristia, principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de
Cristo.” É recomendado que nestas datas, a não ser por causa grave e urgente,
não se ausente da diocese o Bispo (cân. 395).
A origem da
Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao Século XIII. A Igreja
Católica sentiu necessidade de realçar a presença real do “Cristo todo” no pão
consagrado. A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a
Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira
após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de
Pentecostes.
O Papa Urbano IV
foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège
na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de
Mont Cornillon que teve visões de Cristo demonstrando desejo de que o mistério
da Eucaristia fosse celebrado com destaque.
Por solicitação do
Papa Urbano IV, que na época governava a igreja, os objetos milagrosos foram
para Orviedo em grande procissão, sendo recebidos solenemente por sua santidade
e levados para a Catedral de Santa Prisca. Esta foi a primeira procissão do
Corporal Eucarístico. A 11 de agosto de 1264, o Papa lançou de Orviedo para o
mundo católico através da bula Transiturus do Mundo o preceito de uma festa com
extraordinária solenidade em honra do Corpo do Senhor.
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