O projeto de
desapropriação e instalação do Distrito Irrigado da Chapada do Apodi está
orçado em R$ 280 milhões. Inicialmente, prevê produção irrigada numa área de
5,2 mil hectares, com água da Barragem de Santa Cruz, que armazena até 600
milhões de metros cúbicos de água. Para levar água para a chapada, será
necessário construir estrutura de alvenaria para elevar a água 60 metros e
distribuí-la em canais, como é feito nos distritos irrigados do Ceará.
Apesar da
grandiosidade do investimento e do possível benefício, os movimentos sociais,
tendo à frente os sindicatos, são contra o projeto nos moldes propostos pelo
Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS). Dizem que neste modelo
vai beneficiar somente o agronegócio, que usa agrotóxico em suas produções em
grande escala. Alegam que se passar a usar agrotóxico na chapada, vai
prejudicar diretamente a produção de mel de abelha no município, uma das
maiores do país.
Outro argumento
usado pelos movimentos sociais é que a barragem de Santa Cruz não tem vazão
suficiente para atender a demanda de consumo do Distrito Irrigado da Chapada do
Apodi. Outro argumento dos pequenos agricultores contrários ao investimento
beneficiando o agronegócio é que o custo de energia seria muito alto,
inviabilizando-o. Mostram como exemplo o fracasso de dezenas de distritos
irrigados feitos na região Nordeste.
Os pequenos
produtores rurais de Apodi, segundo os sindicatos em notas divulgadas na
imprensa, defendem que o projeto tome como modelo a estrutura existente em
Alagoas, que produz sem agrotóxico. Entretanto, segundo Henrique Alves, a ordem
de serviço foi assinada pela presidente Dilma Rousseff e não houve mudança no
projeto. Disse que foi discutido com os moradores de Apodi, que foi aprovado
por Lula e agora é começar.
A estudante Kelly
Regina perguntou ao deputado sobre os prejuízos ambientais com o uso de
agrotóxico e a exigência dos movimentos sociais para mudar o projeto pela
estudante. Henrique Alves respondeu: "Atenciosamente
para sua melhor informação: é o mesmo projeto de antes, aprovado pelo
presidente Lula. Vitória de todo o Rio Grande do Norte". Respondendo
ao policial militar Genivan Sousa, o deputado explicou que "o projeto foi debatido, inclusive aí em Apodi e com todas as
autoridades e agricultores".
O curioso é que na
Superintendência do Dnocs em Fortaleza (CE) e na sede do órgão em Natal não
havia qualquer informação a respeito da ordem de serviço para fazer o Distrito
Irrigado da Chapada do Apodi. O assessor de comunicação da superintendência em
Fortaleza pediu ao DE FATO para contactar a diretoria do Dnocs em Natal. O
diretor Eduardo Wanderley disse, inclusive, que na semana passada esteve em
Brasília (DF) e lá não soube qualquer informação sobre essa ordem de serviço.
Mas admitiu a possibilidade de a informação ainda se encontrar no Ministério da
Integração Nacional, ao qual o Dnocs é subordinado.
Fonte: Jornal de
Fato
3 comentários:
Que coisa feia! Além de Deputado COPA DO MUNDO, agora também DEPUTADO MENTIROSO. Homi, vá se catar!.
Segundo fontes credenciadas com livre trânsito nos bastidores do DNOCS, o inconcebível e esdrúxulo projeto de irrigação da CHAPADA DO APODÍ teve o mesmo desvirtuamento quanto ao constatado superfaturamento no similar projeto de RUSSAS-CE. Ademais, o Henrique está faltando com a verdade quando afirma que a Presidenta-Guerrilheira havia assinado a autorização para o início das insanas obras do tal projeto de irrigação do Apodi. Conforme um jornalista mossoroense que entrou em contato com o DNOCS em Fortaleza e em Natal, não consta nenhuma autorização da Presidenta para o início de tão afrontoso projeto. Não acredito que a DILMAIS vá trucidar os sonhos e a luta pela sobrevivência dos humildes proprietários da Chapada, que dalí retiram suas condições para mantença alimentícia de suas famílias. A DILMAIS tem mais é que proporcionar meios para ajudar a fixar o homem em suas terras, continuando uma luta na agricultura familiar oriunda de seus avós e bisavós. Tenho certeza que o grande e atuante Presidente EDILSON NETO vai continuar sua luta para evitar essa afronta aos humildes agricultores da Chapada. Tenho dito.
TOMARA QUE NAO ASSINE PRO BEM DE APODI,POIS ISSO NEM VAI SAIR DO PAPEL, SÓ VAI MUDAR DE CONTA BANCARIA
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