segunda-feira, 31 de outubro de 2011

[leia] Impostômetro: impressionante

O Impostômetro, medidor eletrônico de arrecadação tributária instalado em São Paulo, atingiu neste domingo (30), por volta das 23h, a marca de R$ 1,2 trilhão em impostos federais, estaduais e municipais pagos pelos brasileiros desde o começo do ano.

Segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), este ano o valor foi atingido 45 dias antes que no ano passado. Em 2010, esta arrecadação foi registrada no dia 14 de dezembro. A previsão da ACSP é de que até o final deste ano seja arrecadado R$ 1,4 trilhão em tributos.

O Impostômetro foi criado em 20 de abril de 2005. O painel afixado na sede da associação, na Rua Boa Vista, na região central da capital paulista, mostra em tempo real a arrecadação de impostos, taxas e contribuições dos brasileiros, incluindo multas, juros e correção monetária, desde o 1º dia do ano.

O total de impostos pagos pelos brasileiros também pode ser acompanhado pela internet na página do ‘Impostômetro’.

Um comentário:

Anônimo disse...

Pobres cidades ricas
A reportagem “Bonança do petróleo não melhora cidades”, publicada na edição de ontem, 31, do jornal Folha de S.Paulo, traça um perfil preocupante das 20 cidades mais dependentes dos royalties em relação a suas receitas. O material, assinado pelos jornalistas Sílvia Freire e Matheus Magenta, revela que, mesmo com os cofres inchados com o dinheiro do chamado ouro negro, os municípios não conseguem melhorar seus indicadores sociais. A riqueza extraída do solo acaba servindo – com raríssimas exceções – aos donos do poder, quase sempre envolvidos em denúncias de desvios de dinheiro público. Na relação apresentada pela reportagem da Folha aparecem dois municípios da bacia petrolífera potiguar: Pendências e Guamaré. O primeiro é o quarto colocado no ranking da dependência do petróleo – os royalties representam 48,5% de sua receita. A bolada que recebe mensalmente, porém, não atenua os péssimos indicadores sociais. Pendências tem média 3,1 da nota das escolas municipais em avaliações dos alunos na 4a. série; e o saneamento básico não chega para 30% dos moradores. Macau tem desempenho igualmente sofrível, com média 3,2% nas avaliações dos alunos da 4a. série e pouco mais de 22% da população não é atendida pelos serviços de saneamento e água encanada. Por que a disparidade entre as receitas dos royalties e o investimento na qualidade de vida das pessoas? Resposta simples: o dinheiro sai pelo ralo da corrupção. São comuns denúncias do Ministério Público e reprovação de contas pelos TCE-RN e TCU nesses municípios, mas os prefeitos conseguem sobreviver no poder à base da influência dentro do Judiciário. Flávio Veras, de Macau, é um frequentador assíduo dos tribunais, já tendo sido cassado duas vezes, mas revertendo a situação em instâncias superiores. Acabou conhecido como o “duro na queda”, tanto forte quanto o petróleo que jorra nas pobres cidades ricas.